Eu eu levei a minha filha Milena para votar no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas/BA, e depois fui votar no bairro de Stella Maris, em Salvador/BA, um bairro também de classe média alta, como é Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas. E tanto em Lauro como em Salvador, o perfil das pessoas vestidas com camisas amarelas, alguns portando a Bandeira Brasileira e etc, era facilmente identificável.
Um fato lamentável, foi quando eu retornava com a minha filha, lá de Vilas, bem defronte do local de votação, nós vimos um homem alto vestido de camisa amarela, muito alterado e xingando uma senhora vestida com uma camisa vermelha. E mesmo sendo contido pela sua provável esposa, o provável bolsonarista raivoso se libertou da contenção da esposa seguiu xingando a senhora petista.
Foi quando a minha filha me falou para dar uma carona para a senhora agredida. Eu dei uma bozinada e demos carona a senhora agredida até a saída de Vilas. E durante a carona a senhora petista nos contou que além dos xingamentos pesados, o bolsoranista tinha dito "que iria dar um murro nela". E quando eu fui votar em Stella Maris, durante um pouco mais de 2 horas que eu fiquei na fila de "prioridade", uma senhora que estava com o esposo, ambos com uma camisa amarela, com a sigla "URPR" e escrito nas costas "BRAZIL", enquanto o esposo se manteve calado, a esposa agitou todo o tempo, e disse "que estava satisfeita com a espera, porque ela sabia em quem aquelas pessoas idosas iriam votar". Duas coisas que ela disse e me incomodaram: foi quando falou, "que o padre da igreja ortodóxa do PTB jogou duro com o Lula ladrão". E a outra coisa foi, "que só no Brasil é que os juizes da Corte Suprema são nomeados pelo presidente da República, e que a maioria dos juizes do STF são petistas nomeados por Lula e Dilma, e que o juiz Joaquim Barbosa foi obrigado a se aposentar antes de completar o tempo, devido as ameaças que ele vinha recebendo.
Disse ainda que tem juizes do STF, que nem conseguiram passar no exame da OAB, tais como Xandão e Gilmar Mendes". E nessa hora, como tudo tem um ponto de saturação, além da Escritura dizer, "que se os homens se calarem, as pedras falarão", e além disso existe o pecado por omissão, quem se omite diante das injustiças; a forma que atuei em Vilas, dando carona para a senhora que estava sendo xingada pelo bolsoranista, em Stella Maris foi diferente: eu muito educadamente disse o seguinte para a fanática bolsoranista: "Desculpe-me, mas segundo o meretíssimo Ayres Britto, 'qualquer brasileiro maior, civil ou militar, pode ser eleito para um cargo nos Poderes Executivo ou Legislativo, e até atingir os cargos mais elevados nesses dois Poderes.
Mas no Poder Judiciário o cidadão brasileiro tem que ter no mínimo a graduação em Ciências Jurídicas'. E eu disse mais ainda para ela, que antes disso, não parava de falar: "A senhora está enganada. Os nossos juízes da Corte Suprema são de fato escolhidos pelo chefe do Poder Executivo, mas são sabatinados por uma comissão do Senado Federal Brasileiro. E se existem 'cartas marcadas, na votação no Senado, é questão para o povo se politizar e resolver o problema através do voto. E portanto, o chefe do Poder Executivo escolhe e indica o candidato; mas teoricamente 'quem bate o martelo' é o Poder Legislativo, que também teoricamente representa os interesses do povo, que também teoricamente, é do povo que emana todo o poder no regime Democrático de Estado de Direito".
José Benigno Batista Santos; nascido em Camaçari/BA, em 15 de agosto de 1943. Técnico em Química Industrial e economista pela UFBA, da turma de 1968, com curso concluído em julho de 1971.
J.B.Say-y+ntos =Benigno.
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