É a lei do mais forte subjugando o mais fraco. Tudo devido a ignorância do ser humano. E já faz uns 60 anos, um pouco antes do regime militar de 1964, quando o pai de um amigo meu, lá do bairro de Macaúbas, me disse o seguinte: "-- Benigno, o homem é o único ser vivo que destrói a sua própria espécie, por um motivo torpe".
Isso foi dito naquele tempo, muito tempo antes de termos atingido o nível de violência que o nosso País atigiu no momento atual. E o pai do meu amigo ainda complementou a fala dele dizendo o seguinte: "Getúlio Vargas como ditador no Estado Novo, foi quem teve a 'faca e o queijo na mão' para educar uma geração de brasileiros mais responsáveis, mais éticos, mais respeitadores e mais civilizados".
E pouco tempo depois disso, o meu professor de prática de Química no Colégio da Bahia (o Central), o Prof° Alaor Coutinho (irmão do cientista Elsimar Coutinho), um "juracizista" ferrenho, nos contou uma piada durante uma aula prática no laboratório do colégio, que foi a seguinte: dois americanos que conheciam o Brasil, quando um deles comentou com o outro sobre as nossas belezas naturais, e que Deus abençoou o nosso País, colocando recursos naturais, com uma flora exuberante e uma fauna rica em variedade de espécies, um solo fertíl, uma agricultura forte, 14% da potável do mundo, ocorrência de petróleo e gás, e de outros diversos recursos minerais.
E foi então que o outro americano respondeu da seguinte forma: "Mas em compensação, veja o tipo de gente que ele colocou lá dentro para explorar tudo isso". Bem, é apenas uma piada, que não reflete bem o que é o homem brasileiro, de fato. Pois o que falta mesmo é a vontade política dos nossos governantes em investir em educação pública de qualidade, para que a nossa nação se desenvolva plenamente, criando oportunides para que todos os brasileiros consigam obter uma ascensão sócioeconômica através da educação.
E assim como existe o imperialismo americano para com os países mais insipientes e mais economicamente, a violência urbana no Brasil, que também já chegou até o campo; é também um tipo de imperialismo do mais forte contra o mais fraco. E tal como no filme "ANO 2000, Uma Odisseia no Espaço", em que um gorila que descobriu que o fêmur de uma presa poderia servir de uma arma que o tornava mais forte do que os outros gorilas do seu bando, a meu ver os meliantes que se armam para assaltar os cidadãos comuns pelas ruas das cidades de todo o Brasil, apenas reproduzem a cena do gorila que faz do fêmur da presa uma arma para ele se sentir mais forte do que os outros e dominá-los.
Pois os meliantes fazem de uma arma uma extensão das suas mãos para subtraír os bens alheios, sem fazer força alguma, a não ser puxar o gatilho de uma arma.
José Benigno Batista Santos; nascido em Camaçari/BA, em 15 de agosto de 1943. Técnico em Química Industrial e economista pela UFBA, da turma de 1968, com curso concluído em julho de 1971.
J.B.Say-y+ntos =Benigno.
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