Poucos brasileiros das novas gerações e outros de gerações mais velhas, que enquanto os líderes estudantís e os líderes sindicais estavam tomando porrada das PMs pelo Brasíl à fora, protestando contra o Estado de excessão, que foi engendrado pelo governo americano, eles estavam era dentro de casa com os seus pais conservadores "contando os seus vís metais". E por isso eles não conhecem, ou não têm lembrança do saudoso chargista e dramaturgo Millor Fernandes.
Mas ontem (20/08), quando eu ví um vídeo do velho cantor Sérgio Reis, e também ví uma entrevista da dupla das cantoras baiana Simone e Sinara, no programa de Ana Maria Braga, na TV Globo, de imediato eu fui remetido a uma charge de Millor, feita ainda no regime militar, quando foram retiradas do Ensino Médio Brasileiro as disciplinas Sociologia e Filosofia.
Ainda era uma época que nem se sonhava em Internet, e muito menos com as redes siciais, que tanto o semiótico Unberto Eco combateu e nos despertou sobre os seus efeitos maléficos, que serviriam de ferramenta para um bando de imbecís se apropriarem e manifestarem as suas idiotices, como se tivessem o status de uma celebridade ganhadora de um Prêmio Nobel.
Pois bem, Millor Fernandes, como um verdadeiro artista que ele foi, além de um visionário, ele profetisou o baixo nível cultural que o povo brasileiro chegaria, principalmente a nossa juventude, devido a interferência do regime militar no nosso ensino público, ainda quando ele produziu uma charge na qual o saudoso chargista e dramarurgo brasileiro desenhou uma mulher despida e de pernas abertas e com uma venda tapando a sua boca, cuja venda estava escrito a palavra "CENSURA".
E voltando ao cantor Sérgio Reis e a dupla Simone e Sinara, sem querer denegrir a imagem desses artistas; uma vez que todo mundo tem direito de ter um "lugar ao sol", mas o fato de que, tanto a dupla baiana serem recordistas em acessos nas redes sociais, bem como a afronta que o cantor bolsoranista, o decrépto Sérgio Reis, que fez um vídeo com um conteúdo anti-democrático e jogou nas redes sociais, no qual o cantor atacou às duas principais instituições democráticas, ou seja, o Congresso Nacional e a nossa Corte Suprema, e os fanáticos seguidores de Bolsonaro replicaram em massa, equivocadamente, como sendo uma forma de salvaguardar a nossa Democracia. E quem diria que a charge de Millor Fernandes, que foi produzida há mais de 50 anos atrás, já retratava sutilmente o baixo nível cultural e o desrespeito, que tanto o chefe do Estado Brasileiro como os seus fanáticos seguidores estão agora colocando em risco a Democracia Brasileira, em plena pandemia da Covid-19, em que já morreram cerca de 600 mil brasileiros, fora as mortes que foram subnotificadas, pela doença.
E tudo isso devido o baixo nível cultural e de fakta de politização do povo brasileiro.
José Benigno Batista Santos; nascido em Camaçari/BA, em 15 de agosto de 1943. Técnico em Química Industrial e economista pela UFBA, da turma de 1968, com curso concluído em julho de 1971.
J.B.Say-y+ntos =Benigno.
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