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Domingo, 19 de Janeiro de 2025

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Greve Sanitária. Quando e porque fazer

Este estágio pandêmico em decorrência do COVID-19 somente será sanado com advento da vacina

Greve Sanitária. Quando e porque fazer
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A crise sanitária e na saúde de modo geral em razão da pandemia afetou o mundo inteiro. A atual conjuntura, forçosamente ou não, contribuiu para mudança de comportamento em todos os setores das atividades sociais, muitos dos quais passaram por processo de adaptação. O teletrabalho surgiu como uma das alternativas de adequação às medidas de isolamento social.

Este estágio pandêmico em decorrência do COVID-19, segundo pesquisas elaboradas por especialistas nos setores da infectologia, somente será sanado com advento da vacina. Segundo esses pesquisadores, enquanto não houver a vacina para esse vírus, recomendável seguir com o protocolo de isolamento social, por se tratar do método mais eficaz de proteção.

A despeito de toda recomendação, já observamos diversos setores das atividades pública e privada adotando medidas para o retorno das atividades presenciais. Tais medidas colocam em risco a integridade física das trabalhadoras e trabalhadores, tendo em vista o inevitável contato com pessoas e coisas contaminadas pelo vírus.

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Em razão dessa possibilidade de retorno às atividades presenciais, muitos debates têm surgido nas bases da classe trabalhista, para buscar alternativas de defesa da vida. Como medida de defesa da classe, criou-se o que chamamos de greve sanitária. Quando utilizamos o termo “greve”, é preciso não fazer julgamento precipitado, tendo em vista que esse termo nos remete à paralisação das atividades. Em razão disso foi necessário acrescentar o termo “sanitária”, para fazer alusão a forma diferente de se tratar a atual conjuntura.

Na greve sanitária não existe paralisação das atividades, mas sim a recusa em retornar às atividades presenciais, por apresentar risco à saúde dos trabalhadores em razão das condições sanitárias inadequadas para contato de pessoas e objetos portadores do vírus. Sabemos que as condições adequadas para retomada das atividades presenciais, assim como de toda rotina considerada normal, somente serão asseguradas com o advento da vacina.

Vale salientar que a classe trabalhadora continua realizando suas atividades, sem interrupção, inclusive com aumento da produtividade na maioria dos setores. Dessa forma, não aceitamos como razoável o discurso da necessidade de retorno às atividades presenciais para retomada da economia, como se esta estivesse interrompida e fosse mais importante que a vida do indivíduo. A economia é importante, porém para atender às necessidades primordiais, garantindo o direito à vida.

A Greve Sanitária foi criada para servir de mais um instrumento de defesa dos trabalhadores que não se sentirem seguros para retornar ao ambiente de trabalho. Foi criado para conferir aos trabalhadores a possibilidade de continuar exercendo suas atividades da forma mais segura possível, normalmente, em suas residências no chamado home office.

Sabemos que nem todas as pessoas querem ser beneficiárias deste instrumento, preferindo retornar ao ambiente de trabalho de forma presencial. Porém, aquelas que não se sentirem seguras, que fazem parte dos grupos de risco ou não, podem e devem recorrer a este instrumento, buscando apoio nas suas respectivas entidades representativas, que podem deflagrar este modelo de greve sanitária, mobilizando a categoria para agir coletivamente, dando legitimidade para a mobilização.

 

Antonio Jair Batista Santos Filho

Participante do Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público

Participante do movimento em defesa da Auditoria Cidadã da Dívida Pública – Núcleo Bahia

FONTE/CRÉDITOS: Antonio Jair
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