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Quarta-feira, 30 de Abril de 2025

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Luta dos Trabalhadores da Fixar

A Resistência Contra o Abuso e o Assédio no Chão de Fábrica

Luta dos Trabalhadores da Fixar
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Os trabalhadores da Fixar, empresa que atua na produção de parafusos e similares em Camaçari, estão enfrentando uma dura realidade no chão de fábrica. Uma realidade marcada pela perseguição, assédio moral, condições de trabalho precárias e a negação dos direitos mais fundamentais garantidos pela Constituição Federal. A situação é grave, e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari está firme na defesa desses trabalhadores, lutando para garantir condições dignas e respeitando o direito à organização sindical.

O proprietário da Fixar tem se mostrado inflexível e com práticas retrógradas, impedindo que os trabalhadores se organizem e tenham representação sindical. Essa atitude vai de encontro ao que estabelece a Constituição Federal, no artigo 8º, que garante aos trabalhadores o direito de se organizar em sindicatos, participar de assembleias e lutar por melhores condições de trabalho. No entanto, o proprietário tem se recusado a sentar para negociar, após três tentativas frustradas de mediação realizadas na Superintendência Regional do Trabalho.

Além da recusa em dialogar com o Sindicato, a empresa tem adotado uma série de práticas abusivas e ilegais, que têm gerado um ambiente de extrema precariedade para os trabalhadores. A Fixar, que possui mais de 200 funcionários, só regularizou o pagamento de salários conforme o piso da categoria após denúncias feitas pelo Sindicato. Antes disso, pagava salários abaixo do piso, o que representa uma clara violação dos direitos trabalhistas. A empresa também esteve três anos sem a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e só regularizou a situação este ano, também graças à atuação e denúncias do Sindicato.

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Além desses problemas, a Fixar tem se envolvido em outras práticas que prejudicam ainda mais os trabalhadores. A empresa tem desviado funções, fazendo com que os trabalhadores desempenhem atividades que não condizem com seus cargos, sem qualquer remuneração ou reconhecimento adicional. Também não há um plano de cargos e salários, o que impede o crescimento profissional e a valorização dos trabalhadores.

A alimentação oferecida aos trabalhadores é outro reflexo do desrespeito da empresa com seus funcionários. O café da manhã, uma das poucas refeições oferecidas, consiste em um simples pão seco com café amargo – uma refeição sem qualquer valor nutricional adequado para enfrentar o dia de trabalho. No almoço, a situação não melhora. A empresa adota uma severa restrição de carne e serve refeições de baixa qualidade, sem a devida atenção à nutrição e ao bem-estar dos trabalhadores. Isso é mais uma evidência do quanto a empresa negligencia as necessidades básicas de quem sustenta sua produção.

Além disso, a empresa não oferece transporte, vale alimentação, plano de saúde, ou participação nos lucros e resultados (PLR). O ambiente de trabalho também é insalubre, com banheiros sujos e condições de higiene inadequadas.

O clima de assédio moral e perseguição é constante. Os trabalhadores estão sendo humilhados, maltratados e, em muitos casos, sofrendo com o medo de represálias por se manifestarem ou procurarem ajuda. A empresa, ao invés de buscar a melhoria das condições de trabalho e bem-estar de seus empregados, tem se tornado um local de sofrimento e opressão.

Diante de toda essa situação, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari não se calará. O Sindicato está tomando medidas judiciais contra as práticas abusivas da Fixar e já está denunciando essas infrações ao Ministério Público do Trabalho. Não vamos permitir que a história de luta e dignidade dos trabalhadores seja apagada por práticas de exploração e assédio. A nossa luta é para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que todos tenham um ambiente de trabalho seguro, saudável e justo.

A Fixar terá que responder por suas ações e não poderá continuar com essas práticas prejudiciais aos trabalhadores. O Sindicato estará firme em sua defesa, buscando justiça, dignidade e melhores condições de trabalho para todos os metalúrgicos da região. O trabalho coletivo e a organização sindical são a chave para derrotar essa prática retrógrada e alcançar vitórias para a classe trabalhadora.

**A luta continua. A resistência é forte. E os trabalhadores não estarão sozinhos.**

**Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari**  

**Pelo respeito aos direitos e à dignidade dos trabalhadores!**

FONTE/CRÉDITOS: Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari
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