Blog do Trabalhador - Notícia no tempo certo

Quinta-feira, 20 de Marco de 2025

Notícias/Mundo

Comitê da ONU marca julgamento de Lula contra Moro para maio de 2022

18 peritos internacionais se reunirão para proferir decisão final em queixa apresentada contra o ex-juiz por violar direitos políticos de Lula

Comitê da ONU marca julgamento de Lula contra Moro para maio de 2022
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) marcou para maio de 2022 o exame final da queixa apresentada pela defesa do ex-presidente Lula, em 2016, contra o então juiz Sérgio Moro, que atuava de maneira parcial, ferindo o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário.

De acordo com o jornalista Jamil Chade, correspondente do portal Uol em Genegra, o Comitê indica que já concluiu tanto a avaliação sobre a admissibilidade do caso como a questão do mérito. Porém, a decisão cabe aos 18 peritos do órgão, que se reúnem daqui a sete meses. Na ocasião, deverá ser proferida a decisão final sobre o caso.

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou Moro suspeito, anulando a condenação contra Lula no processo do tríplex do Guarujá (SP). Em função da suspeição do então juiz, a pena contra Lula no caso do sítio de Atibaia também foi anulada. Desde então, Lula já foi inocentado em 19 inquéritos está livre para concorrer a eleições de 2022.

Leia Também:

Antes mesmo do julgamento da suspeição de Moro, o Comitê de Direitos Humanos da ONU já deu a primeira vitória para Lula, em agosto de 2018. O órgão então recomendou às autoridades brasileiras que mantivessem os direitos políticos de Lula, até que o seu caso fosse avaliado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As determinações do comitê internacional, contudo, foram ignoradas, excluindo o ex-presidente das últimas eleições.

“Danos irreversíveis”

Segundo Jamil Chade, “a esperança do governo brasileiro era de que o caso jamais fosse aceito para ser avaliado pela ONU”. Dadas as anulações proferidas pelo STF, a alegação seria que a Justiça brasileira estaria dando respostas ao processo. Portanto, não haveria necessidade de recorrer a instâncias internacionais.

No entanto, a defesa alega que existem “danos irreversíveis” contra o ex-presidente, como os 580 dias de prisão e o impedimento da candidatura em 2018. Além disso, alegam que as investigações sobre as violações cometidas por Moro continuam em andamento. Como prova da parcialidade do ex-juiz, citam que ele fez parte do governo Bolsonaro, se beneficiando da condenação imposta a Lula. Citam, inclusive, eventual candidatura de Moro nas próximas eleições.

“Solicita-se, portanto, ao Comitê que proceda ao julgamento dos méritos, fornecendo assim ao povo brasileiro, e a seus advogados profissionais, orientação quanto ao tratamento de tais casos de alto perfil, e um guia para o que as regras da justiça internacional exigem nestas circunstâncias”, dizem a equipe de defesa, segundo a reportagem.

FONTE/CRÉDITOS: Portal CUT
Comentários:
+colunistas

Publicado por:

+colunistas

Lorem Ipsum is simply dummy text of the printing and typesetting industry. Lorem Ipsum has been the industry's standard dummy text ever since the 1500s, when an unknown printer took a galley of type and scrambled it to make a type specimen book.

Saiba Mais

Veja também