A praça é do povo e a universidade pública também, e nesta quinta-feira, 22 de setembro, as duas estiveram unidas na segunda edição do projeto Universidade na Praça – Democracia e Esperança, realizado no Campo da Pólvora em Salvador e promovido pela APUB (Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia), em parceria com professoras e professores, estudantes e técnicos-administrativos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). “Essa segunda edição do projeto é fundamental porque significa valorização da universidade como instrumento de transformação social, apresentando a nossa produção científica e acadêmica. Isso nos valoriza também enquanto professores e professoras”, afirmou o presidente da APUB, Emanuel Lins.
A primeira edição aconteceu em 2019, antes da pandemia, e foi lançada num contexto de ameaças e cortes de verbas das instituições federais de ensino superior. “Não à toa demos o nome a essa edição de “democracia e esperança”. Esperança de que a nossa resistência, o nosso trabalho em favor da universidade seja também em favor da própria democracia”, declarou Raquel Nery, professora da Faculdade de Educação da UFBA e idealizadora do projeto.
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O evento, iniciado às 8h, contou com uma estrutura de 1 palco, 13 tendas e 2 salas, onde aconteceram exposições, oficinas, palestras, serviços de saúde, apresentações artísticas diversas, brincadeiras, entre outros formatos de atividades. Cada espaço teve um tema de identidade e recebeu o nome de um patrono ou patronesse, como forma de homenagear pessoas que são referência na produção de conhecimento e cultura em diversas áreas. “A gente tem mais de setenta exposições diferentes, intervenções culturais e na sociedade. O evento é muito plural, conversamos com a comunidade, ambulantes, crianças. Falamos sobre saúde de homens e mulheres, vacinação, arboviroses e ciência”, destacou o professor recém-ingresso na Faculdade de Enfermagem, Rafael Carvalho.
Ao longo do dia, centenas de pessoas transitaram pela praça e puderam conferir apenas uma pequena parte da diversidade de arte, cultura, ciência e tecnologia produzida pelas universidades baianas. A APUB pretende realizar outras edições do projeto, diversificando também os locais, de modo a tornar cada vez mais comum o diálogo entre universidade e a sociedade. “Para nós da diretoria do sindicato é fundamental realizar um evento dessa magnitude, mostrar o que fazemos e a importância do nosso trabalho. Essa segunda edição vem mais forte, mais potente e a gente acredita que pode ser ainda melhor na próxima”, concluiu Fernanda.
A atividade foi encerrada com o show da banda de Camaçari Afrocidade.
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