Termina sem acordo a terceira reunião da Mesa de Negociação Específica da Educação Realizada ontem (quinta, 22). Representando o Governo, o Secretário de Relações do Trabalho, José Lopes Feijoó rejeitou a proposta do PROIFES de redução do tempo da carreira e não se posicionou sobre a desigualdade do piso salarial – hoje, professores graduados 40h do EBTT (Ensino básico técnico e tecnológico) e do MS (Magistério Superior) recebem R$3.412,63, abaixo do piso estabelecido que é de R$ 4.580,57. A suspensão da obrigatoriedade de ponto para os professores EBTT, outra pauta do PROIFES, também não recebeu resposta.
Raquel Nery pontuou que tratar da desigualdade do piso é importante para que a carreira docente seja valorizada. ” Somos uma categoria que responde pela ciência do Brasil, pela produção do conhecimento e por aquilo que há de qualidade na educação superior brasileira e se tivermos uma carreira que não valoriza os docentes, isso pode ser afetado a médio e longo prazo, repercutindo na qualidade do que produzimos” afirmou Raquel.
No final da reunião, o Secretário apresentou uma proposta de malha salarial para o EBTT e o MS que implicitamente é o reajuste de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, mencionado na última reunião da Mesa Central. O PROIFES entende que a proposta apresentada não recupera as perdas acumuladas e mal repõe o IPCA dos anos 2024, 2025 e 2026 e irá trabalhar na construção de uma contraproposta ao que foi apresentado pelo governo. Estiveram na reunião, representando o PROIFES – Federação, o presidente, Wellington Duarte, o vice-presidente, Flávio Silva, o Diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, e a Diretora de Seguridade Social, Raquel Nery.
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