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Terça-feira, 16 de Setembro de 2025

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FUP entrega carta à Lula por incorporação da PBio e seu protagonismo na transição energética

Documento foi entregue na sexta-feira, 29, durante visita do presidente à Usina de Montes Claros (MG)

FUP entrega carta à Lula por incorporação da PBio e seu protagonismo na transição energética
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No dia 29 de agosto, durante visita à Usina da Petrobrás Biocombustível (PBio), em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu dos dirigentes sindicais petroleiros uma carta da FUP cobrando o fortalecimento da subsidiária e a sua incorporação à Petrobrás, como medidas essenciais para o projeto de transição energética justa.

O documento foi entregue pessoalmente pelo diretor do Sindipetro Minas Gerais, Anselmo Braga, e por uma representação de trabalhadores da Usina de Montes Claros, que também presentearam o presidente Lula com um quadro com uma foto sua na inauguração da Usina, em 2009. Também esteve presente ao evento, Elisabete Sacramento, diretora da FUP e coordenadora do Sindipetro BA, estado que também tem bases da PBio.

A PBio pode ser o braço verde da Petrobrás, vetor de desenvolvimento sustentável e parceiro estratégico da agricultura familiar no semiárido brasileiro”, reforça a FUP na carta, em nome dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás Biocombustível de Minas Gerais, Bahia e Ceará. O documento expõe que, nesses 17 anos de existência, a PBio conquistou o domínio da produção e comercialização de óleos vegetais no Sistema Petrobrás; construiu cadeias de suprimento envolvendo milhares de famílias da agricultura familiar; desenvolveu e otimizou tecnologias próprias; e gerou emprego e renda.

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No entanto, mesmo com sua relevância histórica e estratégica, a PBio ainda ocupa um papel secundário nos planos estratégicos da Petrobrás, com capacidade de investimento limitada e baixa sinergia com os projetos de transição energética e de responsabilidade socioambiental da companhia. A avaliação é de que essa condição fragiliza o potencial de desenvolvimento regional que a empresa pode oferecer e gera preocupação e insegurança na força de trabalho, no poder público e nas comunidades envolvidas nas cadeias de produção do biodiesel.

A FUP e os sindicatos têm buscado, desde o início do atual governo, uma resposta concreta da Petrobrás sobre o futuro da PBio. Conseguimos a interrupção do processo de privatização em curso, mas os trabalhadores seguem apreensivos e dispostos a lutar por essa empresa, assim como fizeram na histórica greve de 2021, em pleno governo Bolsonaro”, ressalta o diretor da FUP e do Sindipetro MG, Felipe Pinheiro.

“Nossa carta é um pedido de apoio àquele que apostou, há 17 anos, neste projeto ousado e transformador de transição energética, aliando inovação, participação da sociedade civil, agricultura familiar e desenvolvimento regional do semiárido brasileiro. Defender a PBio é defender o Brasil!”, enfatiza Anselmo, referindo-se ao presidente Lula.

presidente Lula esteve em Montes Claros para a inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Acelen Agripark, que desenvolve pesquisas relacionadas ao uso da macaúba, matéria-prima que está sendo utilizada na produção do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e do Diesel Verde (HVO). A construção do Centro teve investimento de R$ 314 milhões, sendo R$ 258 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Incorporação da PBio é fundamental para uma transição energética justa

Para avançar em um projeto de reconstrução e fortalecimento do Sistema Petrobrás, rumo a uma transição energética justa, a FUP e seus sindicatos reivindicam medidas como: incorporar a PBio à holding, assegurando sua função na transição energética; ampliar a produção de biodiesel B100 e diversificar o portfólio de biocombustíveis; verticalizar a cadeia de produção, fortalecendo a PBio como operadora, produtora, comercializadora e integradora de logística; estimular parcerias com cooperativas, agricultura familiar e programas de reciclagem de óleos residuais, gerando desenvolvimento regional com justiça socioambiental; retomar as atividades da Usina de Quixadá (CE), localizada no sertão central do estado, desativada após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Outra medida importante é garantir a sinergia entre a PBio e a Petrobrás, sobretudo no fornecimento de óleos vegetais ao refino e no uso conjunto da infraestrutura. Além de fomentar projetos-piloto de inovação tecnológica em parceria com universidades, centros de pesquisa regionais e o CENPES, especialmente voltados para o semiárido.

“Queremos a PBio forte, incorporada à Petrobrás e protagonista no tão falado projeto de transição energética da estatal. Infelizmente, temos encontrado resistências internas da Petrobrás, de setores que parecem mais querer entregar a PBio ao setor privado do que incorporá-la como braço verde da companhia”, critica Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.

FONTE/CRÉDITOS: Da comunicação do Sindipetro MG, com edição da FUP
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