Já faz tempo que o mundo mais civilizado aboliu o culto à personalidade. E na América do Sul, até mesmo o povo argentino, que "endeusou" o casal Peron e Evita, a ponto de na terra de los hermanos ter existido grupos dos dois extremos ideológicos: o peronismo de direita e o peronismo de esquerda. Mas depois de 1968, como o surgimento da "Contracultura", que foi inspirada nos movimentos de rua promovidos pelos acadêmicos europeus, principalmente os franceses.
Movimento renovador que se espalhou pelo mundo inteiro. E inclusive no Brasil, o principal movimento recebeu o nome de "Tropicália". Mas não só Caetano Veloso e Gilberto Gil ajudaram a modificar o comportamento, a estética e a visão de mundo do povo brasileiro. Eles dois foram os maiores expoentes da mudança. Mas tivemos outros artistas vanguardistas além de Caetano e Gilberto Gil.
Tivemos vários nomes importantes, tais como, Geraldo Vandré; Torquato Neto; Zé Carlos Capinam; as Artes Plásticas de Hélio Oiticica; o cinema novo de Glauber Rocha; as peças teatrais de Plínio Marco; os textos e os cartuns de Ziraldo e os de Millor Fernandes; Chico Buarque de Hollanda; Milton Nascimento; Belchior; Ivan Lins; Alceu Valença; os irmãos Marcos e Paulo Sérgio Vale; Sérgio Ricardo; João do Vale, o autor da música "Carcará", muito bem interpretada por Maria Bethânia; Edu Lobo; Taiguara e tantos outros como João Bosco e Audí Blanc e as grandes interpretações de Ellis Regina. Todos eles artistas corajosos, que mesmo numa época da obscuridade, que se abateu sob o nosso País, durante o regime militar, eles tiveram muita coragem em produzir obras artísticas contestado toda a opressão que o sistema político autoritário adotou contra a Arte e a Cultura no Brasil e em outros países da América do Sul, como foi o caso da Argentina e do Chile.
E mesmo em condições adversas, esses grandes artistas citados conseguiram mudar tanto o comportamento social, bem como a atitude política, em relação a esse mal de idolatrar políticos imperfeitos como qualquer um de nós seres mortais, que antes o povo ingênuo tratava-os como se eles fossem "deuses" encarnados na Terra e salvadores dos povos dos estados brasileiros. Mas infelizmente, de cerca de umas três décadas de avanços no plano social e político anos, ocorreu uma onda de retrocesso democrático e político, cheio de ideias atrasadas, que se abateu tanto na América do Norte como na do Sul.
E aproveitando-se do fanatismo de alguns e do ódio que os seguidores negacionistas desses verdadeiros lobos, esses novos "Hittlers" e "Mussolinis" vestidos de cordeiro, têm dos seus opositores, um bando de pessoas consideradas "homens de bem", se deixaram levar por ideias misóginas que os energúmenos poderosos como Trump & Cia. Ltda, os quais, muito piores do que Pilatos, que mesmo tendo a autoridade e o poder, ele apenas "lavou as mãos". Mas esses atuais "Hittlers", não. Agora esses poderosos autoritários "usam e abusam" do poder.
É como se eles não tivessem nenhuma noção de civilidade. Usam e abusam, e vão muito além do poder que lhe foram atribuídos pelos seus fanáticos eleitores. E eles não têm o menor escrúpulo em utilizar os meios antidemocráticos para oprimir os trabalhadores, os artistas, os jornalistas mais engajados, os membros do Poder Judiciário e à todos que se interpuserem no seu caminho de encontro a sua escalada de poder. E com Hitler foi exatamente assim. E será que o brasileiro não gosta de História; ou de fato, ele tem memória curta?
José Benigno Batista Santos; nascido em Camaçari/BA, em 15 de agosto de 1943. Técnico em Química Industrial e economista pela UFBA, da turma de 1968, com curso concluído em julho de 1971.
J.B.Say-y+ntos =Benigno.
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