Na manhã desta sexta-feira (30), a Estação da Lapa foi palco de uma grande manifestação dos professores da rede municipal de Salvador, que estão em greve há 24 dias. A categoria voltou às ruas para exigir o cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério e denunciar a manobra da Prefeitura de Salvador, comandada pelo prefeito Bruno Reis, que tenta mascarar o não pagamento do piso ao incluir gratificações como se fossem vencimento básico.
Para os educadores, essa estratégia é uma farsa e representa mais um desrespeito à valorização do magistério. “Não aceitaremos maquiagem nos salários. O piso é sobre o vencimento base, como determina a lei. Gratificação não é salário. A prefeitura quer nos enganar, mas estamos atentos e mobilizados”, afirma Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB Sindicato.
A manifestação desta sexta reafirmou a insatisfação da categoria com o descaso do Executivo municipal. Os professores lembram que, além de não cumprir a lei, a gestão ainda se nega a abrir diálogo sério com a entidade sindical, tratando a greve com omissão e desinformação.
A greve continua e a mobilização se intensifica. Na próxima segunda-feira, 2 de junho, a categoria volta a se reunir em assembleia, às 14h, no Ginásio de Esportes dos Bancários, onde serão discutidos os próximos passos do movimento.
A APLB-Sindicato reforça que a luta não é apenas por salários, mas por respeito à educação pública e os demais itens da pauta. Enquanto a lei não for cumprida, os professores permanecerão nas ruas.
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