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Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

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FUP e Sindipetro Bahia se reúnem com Petrobras após anúncio de retorno da FAFEN-BA

Como fica a recomposição do efetivo próprio?

FUP e Sindipetro Bahia se reúnem com Petrobras após anúncio de retorno da FAFEN-BA
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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindipetro Bahia seguem firmes na luta pela retomada plena das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFENs) na Bahia e Sergipe, agora sob controle da Petrobras. Após o anúncio do acordo com a Unigel, dirigentes sindicais se reuniram com a companhia para buscar respostas aos questionamentos enviados no Comunicado DNE 026.2025, cobrando garantias quanto à recomposição do efetivo, aos processos de operação e manutenção (O&M) e à retomada do protagonismo da estatal na gestão das unidades.

De acordo com a Petrobras, a previsão inicial é absorver cerca de 45 trabalhadores próprios em cada uma das unidades (Bahia e Sergipe), mas o número e a estrutura de cargos ainda não foram aprovados em todas as instâncias internas. A empresa informou que, neste momento, o regime de trabalho será administrativo.

Sobre o destino dos trabalhadores que atuavam na FAFEN Bahia e que foram compulsoriamente transferidos, a Petrobras afirma que 140 permanecem no Sistema Petrobras. A empresa ainda afirma que a prioridade será realocar os trabalhadores oriundos dessas unidades e se comprometeu a fazer o levantamento de onde estão atualmente lotados e se há interesse em retornar. Caso não seja possível preencher as cerca de 45 vagas previstas por unidade, a estatal garantiu que priorizará empregados oriundos dos estados da Bahia e de Sergipe que atuaram na RLAM e no E&P.

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Em relação à licitação para a Operação e Manutenção (O&M), a empresa informou que seguirá a legislação vigente e os procedimentos internos, com a expectativa de publicar o edital nas próximas semanas. A proposta de que a ANSA (Araucária Nitrogenados S.A.) realizasse a O&M foi descartada pela companhia, sob a justificativa de que a subsidiária só pode contratar via concurso público, o que inviabilizaria a retomada rápida das operações.

Quanto ao prazo para a transição definitiva da O&M para a Petrobras, a empresa respondeu que o cenário atual prevê uma reavaliação apenas em 2030, embora não descarte a possibilidade de antecipar novos estudos conforme a conjuntura evolua.

Outro ponto discutido foi a organização do trabalho em turnos ininterruptos de revezamento. A Petrobras informou que a O&M manterá o modelo de cinco turmas. As entidades sindicais reforçaram em mesa a necessidade de ampliar a participação dos trabalhadores próprios na produção para além dos 45 propostos e inclusão de opções no regime de turno. Além disso, foi pontuada a necessidade de transparência na mobilização dessa primeira turma, planejamento para o retorno de todos os interessados e a manutenção do canal de diálogo.

A coordenadora-geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, avaliou a reunião como um passo importante no processo de retomada, mas fez um alerta: “O cenário atual ainda tem gosto de meia vitória. Conseguimos resistir até aqui e estamos garantindo avanços importantes, mas só teremos a vitória completa com a recomposição plena do efetivo, o retorno dos transferidos e a gestão pública direta das fábricas”.

A audiência pública realizada na Assembleia Legislativa da Bahia, em dezembro de 2024, com expressiva participação de dirigentes sindicais, parlamentares e representantes da sociedade civil, já havia apontado esses mesmos desafios. O Sindipetro Bahia reforça a importância da convocação dos concursados para tornar possível a liberação dos trabalhadores em outros Estados e que tem desejo de retornar.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, também destacou que a vitória é fruto de uma longa luta do movimento sindical e dos trabalhadores, mas ponderou: “Seguiremos na organização dos trabalhadores com a certeza de que essa conquista só virá com unidade e esforço coletivo”.

O Sindipetro Bahia reafirma seu compromisso com a defesa da Petrobras pública, integrada e comprometida com o desenvolvimento econômico e social do país. A luta pela soberania nacional e pela valorização dos petroleiros e petroleiras segue firme: resistimos até aqui e estaremos juntos até a vitória!

FONTE/CRÉDITOS: Imprensa Sindipetro Bahia
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