A reparação em redes de água ou esgoto com a necessidade de escavação é um trabalho frequente e essencial para continuidade dos serviços de saneamento básico, porém, na EMASA, e não é de agora, essa atividade tem sido realizada de maneira bastante insegura. Neste final de semana uma vala no bairro Jardim Vitória, em Itabuna, chamou a atenção não apenas pela profundidade, mas também pela ausência de qualquer equipamento que permitisse a proteção contra deslizamentos de terra.
É bom lembrar que esse tipo de serviço sem escoramento é extremamente perigoso e já levou a óbito um funcionário da EMASA em abril de 2009. A vítima foi o trabalhador Rosivaldo Santana, 38 anos, que morreu quando consertava uma tubulação na Avenida Manoel Chaves, próxima a antiga fábrica da Kildare. Rosivaldo e outras quatro pessoas estavam dentro de uma vala aberta para a realização do serviço, quando a encosta cedeu. Os outros trabalhadores (as) envolvidos no acidente conseguiram escapar com vida.
O Sindae já havia realizado reunião com a empresa na gestão passada, conjuntamente com os setores operacional e de gestão, para cobrar que as medidas necessárias para atendimento das questões de Saúde e Segurança do Trabalho - SST, relacionadas às atividades de escavação de valas fossem adotadas. De lá para cá, embora os escoramentos metálicos tenham sido adquiridos pela empresa, as instalações desses equipamentos de proteção coletiva - EPCs não têm sido observadas. De acordo com informações que chegaram ao conhecimento do sindicato, o problema é a falta de designação de responsável técnico, treinamento e logística de transporte dos equipamentos, uma vez que os carros da manutenção de redes e ramais são pequenos.
O Sindae vai solicitar uma nova reunião com a EMASA para saber quais as ações estão sendo implementadas para resolver essa situação que é, no setor de saneamento, o tipo de risco que mais tem levado a morte de trabalhadores (as) no Brasil.
Vamos à luta!
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