Do Extremo Sul da Bahia até a região de Santo Antônio de Jesus, do Oeste até a região Norte, as reclamações se repetem: faltam clínicas credenciadas para realização de exames e consultas médicas especializadas, hospitais credenciados para atendimentos de urgência e emergência, além da grande dificuldade de reembolso, nos casos em que o (a) trabalhador (a) tem que adiantar do próprio bolso para ter atendimento médico. Essas são algumas das inúmeras reclamações que têm chegado todas as semanas à direção do Sindae sobre a precarização do atendimento do plano de assistência médica da Embasa, em especial no interior do Estado.
É possível afirmar, com toda a certeza, que houve uma piora significativa da qualidade da prestação de serviço pela atual operadora de saúde da Embasa, que desde o dia 20 de dezembro do ano passado é a Central Nacional Unimed – CNU. A piora significativa é sentida, principalmente, pelos (pelas) trabalhadores (as) do interior do estado. À medida que as denúncias vêm surgindo, o Sindae tem cobrado providências da empresa, seja através de ofícios ou diretamente à Diretoria de Gestão Corporativa – DG, mas essas providências não têm sido suficientes. Espera-se com a chegada do novo Diretor da DG, Alex Lima, que a CNU seja verdadeiramente chamada a cumprir o contrato e garantir um atendimento de qualidade e eficaz em toda a Bahia.
Nesta semana o Sindae recebeu denúncia de trabalhadores (as) de Utinga, município da região central da Bahia, de que inexiste atendimento na região. Muitas vezes os (as) trabalhadores (as) são obrigados (as) a se deslocar para outras localidades, como Feira de Santana, que fica a uma distância de 286 quilômetros, o que torna o atendimento totalmente inviável. Além do Plano de Saúde não cobrir as despesas da viagem, a Embasa ainda pode cortar o ponto do (da) trabalhador (a) nos casos de comparecimento médico. Outra reclamação é de que, quando há atendimento para exames e consultas, por vezes, a pessoa precisa entrar em uma fila de espera de até 60 dias, sendo que a avaliação da CNU para autorização no caso de reembolso é de pelo menos 14 dias. Um absurdo!
Reclamações se acumulam em Caetité, Barreiras, Irecê, Itaberaba, Vitória da Conquista e em muitas outras cidades. A situação é ainda mais dramática nos casos de pessoas com filhos autistas ou com outras necessidades especiais. Os profissionais e clínicas que atendem a esse público têm reclamado de falta de pagamento ou de dificuldades para credenciamento na atual operadora, deixando muitas vezes as crianças sem atendimento por semanas a fio.
O Sindae vai continuar cobrando da Embasa que adote as providências cabíveis, mas é preciso também que os (as) trabalhadores (as) continuem relatando os problemas de ausência de atendimento que venham a ocorrer através da GPEV pelo número (71) 3373-7533 ou e-mail [email protected], tendo sempre em mãos os protocolos de reclamação feitos junto à operadora. É importante também denunciar os casos à Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS.
Reunião - Após as cobranças do sindicato, antes do fechamento desta matéria, a empresa informou que foi agendada reunião entre a DG e a operadora Unimed na próxima quarta-feira (10/05), para tratar das queixas da categoria. A própria DG solicitou que os (as) trabalhadores (as) continuem informando os problemas através do e-mail da GPEV para que possam ser tratados junto à operadora. O Sindae vai aguardar resultado dessa reunião e cobrar soluções rápidas para as todas as situações.
Carteirinhas - Também após cobrança reiterada do sindicato, a Embasa informou que a operadora Unimed se comprometeu a imprimir as certeirinhas dos (das) beneficiários (as) do plano de saúde, que devem ser distribuídas pela empresa nas próximas semanas. A ausência da carteirinha impressa estava gerando muitos transtornos para os (as) trabalhadores (as) e não fazia sentido não terem sido entregues desde o início do contrato da atual operadora, no mês de dezembro do ano passado.
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