O Sindipetro Bahia se reuniu com representantes do RH/SMS da Petrobrás para tratar de pautas urgentes relacionadas à segurança, saúde e meio ambiente nas unidades operacionais da estatal no Estado. O encontro híbrido, ocorrido no final de fevereiro, contou com a participação de gestores da empresa e dos dirigentes sindicais Luciomar Machado, Simone Oliveira, Jailton Andrade, Leandro Matos, Franklin Carlos e Alexandre Freire.
Entre os temas debatidos, destacou-se a necessidade de restabelecimento do efetivo de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) na UN-BA. O sindicato denunciou a sobrecarga de trabalho e a terceirização das análises de risco em atividades críticas, apontando que esse modelo compromete a segurança dos trabalhadores. A Petrobrás reconheceu a necessidade de melhorias e informou que há uma demanda aprovada para aumento de efetivo, mas divergiu sobre a necessidade de primeirização total dessas funções.
A reunião abordou ainda estatísticas de SMS como mortes e afastamentos decorrentes de acidentes, bem como relacionados à saúde mental. A Petrobrás informou que não há registros de afastamentos ou óbitos por questões de saúde mental em 2024, mas que realiza monitoramento por meio de questionários. O sindicato reiterou a necessidade de dados mais amplos, ou seja, mortes e afastamentos decorrentes de acidentes, bem como relacionados à saúde mental, e solicitou dados a partir de 2013, tendo a empresa se comprometido a enviar gráficos complementares.
Outro ponto sensível foi a falta de macacões adequados para as trabalhadoras. O sindicato tomou conhecimento sobre uma consulta prévia nacional para o novo uniforme e reivindica a disponibilização de calça e camisa enquanto o modelo feminino não é aprovado. Representantes da empresa alegaram dificuldades de custeio e prometeram levar as observações à gerência.
A adequação de sanitários femininos para vestiários também foi debatida. A Petrobras alegou limitações de espaço, mas se comprometeu a avaliar possíveis adaptações, especialmente nas unidades de Araçás, Bálsamo e Buracica.
Outro tema importante foi a compensação de multas ambientais, totalizando R$ 188 milhões, comunicada pelo Governo da Bahia. A Petrobrás afirmou que os valores serão aplicados em programas ambientais por meio de licitação, mas não detalhou a destinação específica dos recursos. O Sindipetro solicitou acesso ao edital, e a empresa se comprometeu a enviá-lo.
Por fim, o sindicato continua na cobrança por melhorias na estrada de Bálsamo, reforçando a importância da ampliação da frota de veículos, do interstício de motoristas, com intervalo mínimo de 11 horas, para garantir deslocamentos seguros dos trabalhadores, além de ressaltar a luta por um regime justo de teletrabalho em unidades operacionais.
O Sindipetro Bahia seguirá acompanhando os encaminhamentos e cobrando soluções concretas para garantir mais segurança, dignidade e melhores condições de trabalho aos petroleiros e petroleiras.
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