Nesta terça-feira (27/08), o Sindae esteve reunido com trabalhadores (as) da Embasa de Feira de Santana em mais uma ação que visa mobilizar a categoria para a luta contra a privatização da água através das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Essas "Parcerias", que são uma modalidade de entrega da água e do saneamento do povo ao monopólio de especuladores, visam apenas o retorno empresarial e financeiro, em detrimento da qualidade da prestação dos serviços e da universalização.
O projeto de “universalização” do saneamento em Feira de Santana, microrregião do Portal do Sertão, e municípios circunvizinhos, conforme apresentado pela Embasa, que seria realizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), além de não universalizar, porque não contempla as zonas rurais, que correspondem a 20% da população, entrega parte significativa de áreas extremamente lucrativas da Embasa para a iniciativa privada por até 35 anos, levando ao enfraquecimento da empresa estadual.
Antes de tudo, é importante ressaltar que tem sido a insistência do Governo da Bahia em fazer uma PPP no saneamento de Feira de Santana que tem levado ao atrasado dos investimentos da Embasa neste município, sob a falsa alegação de que a empresa estatal não teria capacidade técnica e financeira para realizar essas obras.
Por outro lado, é a Embasa que tem executado o programa mais exitoso que se tem notícia no país de acesso à água e ao saneamento, que é o Água para Todos - PAT, tornando a Bahia um dos estados que mais avançou nos índices de saneamento nos últimos vinte anos.
Em Feira de Santana, por exemplo, a Embasa conseguiu garantir um índice de 97% de cobertura em abastecimento de água para a população e de quase 70% de cobertura com redes de esgotamento sanitário.
Portanto, fica mais do que provado que a PPP, que o governo da Bahia vem tentando emplacar há alguns anos em Feira de Santana e região, claramente enfraquece a Embasa e favorece a mercantilização da água.
Vamos à luta!
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