Em consonância com o previsto na cláusula 2ª do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023, assinado no último dia 20 de outubro, e no parágrafo único da cláusula décima primeira do Instrumento Regulamentar do PPR 2021, assinado no dia 23 de maio de 2022, o Sindae enviou oficialmente à Embasa, na última terça-feira (08/09), os nomes dos representantes do sindicato na comissão de negociação do Programa de Participação dos Resultados – PPR 2022. A comissão de negociação do sindicato será composta por Grigorio Maurício dos Santos Rocha, Nadilene Nascimento de Sales, Aloísio Aurélio Rocha Filho, Luiz Geovane Andrade Santana, Fernando Nei de Souza Biron e Érick Vinícius Felix Maia.
No mesmo ofício o sindicato solicitou agendamento de reunião para tratar do tema já no dia 17 de novembro próximo. A categoria tem cobrado que a Embasa inicie o processo de negociação o mais breve possível, cumprindo assim o que estabelece o compromisso firmado no acordo anterior, que é o início das tratativas do PPR em até 30 dias após a assinatura do ACT.
No início desse ano a Embasa, além de protelar o início das discussões sobre PPR 2021, tentou interditar o debate acerca do aumento da parcela linear do PPR. Antes mesmo do Balanço Financeiro da empresa ser publicado, conforme estabelece a lei, em uma demonstração de total desrespeito para com o processo negocial, de forma inacreditável e inédita, a empresa usou a rede social particular de um de seus diretores para antecipar informações de pagamento do programa e, assim, tentar manipular o (a) trabalhador (a) para que este aceitasse o pagamento do PPR sem discussão, nos moldes do que fora praticado no ano anterior. Na ocasião, foram publicados e antecipados os valores a serem distribuídos e informações sobre o período de pagamento do PPR. Além da categoria não aceitar a tentativa de manipulação, essa atitude causou muita revolta e quase leva a um grande impasse para o fechamento das negociações.
O Programa de Participação nos Resultados - PPR é uma conquista histórica da categoria e o cumprimento das metas e resultados do PPR ocorre fruto de um esforço coletivo, por isso a enorme resistência da Embasa em avançar na distribuição linear do PPR é incompreensível e, inclusive, incompatível em relação à prática do mercado. Conforme levantamento feito pelo Sindae é possível que a Embasa tenha ficado aquém do que é praticado Brasil afora: Compesa (PE) 50% linear, Copasa (MG) 100% linear, Caern (RN) 33%, Caesb (DF) 100% linear, Sabesp (SP) 30% linear e Sanepar (PR) 100%. Tem-se também o exemplo da Coelba (BA), para não ficar apenas nas empresas de saneamento, que é 50% linear. Espera-se que esse ano a empresa tenha mais respeito pela categoria e avance para percentuais mais compatíveis com o esforço coletivo dos (as) trabalhadores (as).
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