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Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

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RLAM: uma história de luta e resistência

Ao completar 74 anos, refinaria pode estar prestes a voltar a ser operada pela Petrobrás

RLAM: uma história de luta e resistência
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A Refinaria Landulpho Alves (RLAM) completa 74 anos de existência em meio à expectativa de sua recompra pela Petrobrás. Privatizada em 2021, por um valor abaixo do estipulado na época no mercado, a refinaria baiana, ao longo de sete décadas, tornou-se sinônimo de resistência através da luta e comprometimento de seus trabalhadores e trabalhadoras.

Primeira refinaria nacional, a RLAM começou a operar em 1950, antes mesmo da criação da Petrobrás. Chamava-se Refinaria Nacional de Petróleo S/A. Foi incorporada à Petrobrás em 1953 e, em 1957, rebatizada com o nome de Landulpho Alves, em homenagem a um engenheiro baiano que lutou pela causa do petróleo no Brasil. A montagem e a finalização da refinaria baiana foram feitas em tempo recorde: nove meses e dez dias.

A refinaria foi também ponto de partida para o crescimento econômico e industrial do estado, possibilitando, inclusive, o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico planejado do Brasil, o Polo Petroquímico de Camaçari. Foi ainda um trampolim para a ascensão da classe trabalhadora: pescadores e agricultores tiveram a oportunidade de aprender um novo ofício, o de petroleiros. De aprendizes, após muita dedicação e zelo, passaram a ser instrutores, transformando a refinaria na primeira escola de refino do país.

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Nestas sete décadas, foram milhões de empregos diretos e indiretos gerados e também impostos (royalties, ISS e ICMS), possibilitando o crescimento de muitos municípios, através da riqueza do petróleo.

No início da sua operação, a refinaria tinha uma capacidade de processamento de 2,5 mil barris por dia. Hoje, a sua capacidade é de 377 mil, infelizmente subutilizada após sua privatização. Atualmente, sob a gestão da Acelen, a refinaria produz 200 mil barris/dia, um resultado operacional muito inferior ao registrado durante a gestão da Petrobrás.

A privatização foi também sinônimo de combustíveis caros, menos arrecadação de impostos, redução de fornecimento de gás de cozinha e desemprego.

Luta constante

Mas não foi fácil para o governo de extrema-direita de Bolsonaro privatizar a RLAM. Foram muitas as lutas travadas – jurídicas, sindicais e políticas – pelo Sindipetro Bahia e a FUP para evitar essa venda. Foram greves, mobilizações, audiências públicas e campanhas como a “Rlam 70 anos, História, Luta e Resistência”, além da “Vigília Petroleira em Defesa da Petrobrás e da Bahia”, que percorreu todas as unidades da estatal no estado e diversos municípios denunciando a privatização da Petrobrás e as graves consequências para a Bahia.

O fato é que para a categoria petroleira e o povo baiano, a refinaria da Bahia será sempre Landulpho Alves. Neste contexto, a luta pela recompra da refinaria pela Petrobrás, se possível com transferência total de controle, segue firme.

FONTE/CRÉDITOS: Imprensa do Sindipetro Bahia
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