Em um ginásio lotado na tarde da segunda-feira (16/05), atendendo à convocação da APLB-Sindicato, os (as) trabalhadores (as) em Educação da Rede Municipal de Ensino de Salvador, estiveram reunidos em Assembleia Geral e votaram em não aceitar a proposta de reajuste salarial apresentada pelo executivo municipal de 6% + 2 referências e optaram pela continuidade da luta pelo índice de reajuste de 33,24%.
Sobre os rumos do movimento a assembleia em maioria soberana votou pela aprovação da greve geral na Rede Municipal de Ensino de Salvador, com início na próxima quinta-feira (19/05), em assembleia geral, às 9h, em frente à Prefeitura de Salvador, como prevê a lei e quando então será definida a agenda de luta da greve.
Para a diretora Elza Melo, a assembleia foi bastante concorrida. “Em um ginásio lotado a categoria decidiu pela greve geral na Rede Municipal de Ensino de Salvador rejeitando a proposta do executivo municipal de 6% mais 2 referências para julho e setembro. Portanto, é agora! É a categoria na luta, juntos na greve contra o desgoverno, contra a falta de política para a educação no município de Salvador. Então nós estamos nesta luta, nesse caminhar para que o secretário de Educação, o secretário de Gestão e o prefeito escutem a categoria e atenda os pleitos e as reivindicações da categoria.”, explica Elza.
A vice-coordenadora da APLB Marilene Betros ponderou que a categoria não teve outro caminho diante da postura do executivo municipal. “Foi uma grande assembleia e a categoria decide manter a proposta dos 33,24%. E não tendo outro caminho, pois o executivo municipal manteve uma proposta inaceitável de 6%, a categoria decidiu pela greve. Então vamos cumprir esses três dias e na quinta-feira voltaremos a nos reunir para construir uma agenda de mobilização daqui para a frente. Mas, a greve foi o caminho! Foi o que o executivo que nos empurrou. Porém, continuamos abertos para negociação, discussão, ao debate, para chegarmos a um denominador e a uma proposta que seja exequível, uma proposta razoável”, pontua Marilene.
Marcos Barreto diretor de imprensa da APLB lembrou que deve ser cumprido o prazo de 72 horas. Ele também destacou que as negociações ainda estão abertas para o diálogo. “A categoria deflagrou greve, então nós vamos cumprir o prazo legal de 72 horas e vamos fazer uma assembleia às 9h, da manhã da quinta-feira (19/05), em frente à Prefeitura Municipal de Salvador. Vamos apelar para o bom senso do prefeito para que atenda a reivindicação do reajuste como prevê a Lei do Piso, para que gente possa até lá, sendo atendido o índice do reajuste, evitar que essa greve traga transtornos para a cidade. Porque nós sabemos que nossa cidade precisa de Educação, mas quem está prejudicando a Educação não são os trabalhadores, que estão sem reajuste desde 2015. Quem está prejudicando a Educação é a política financeira do município que está achatando os salários e está dificultando a vida dos trabalhadores da educação”, critica Marcos.
A diretora Rose Assis deu informes sobre a mobilização da APLB com relação à EJA. As diretoras Flávia Ribeiro e Silvana Coelho também participaram da assembleia.
Diversos parlamentares apoiam a luta dos profissionais da rede municipal de ensino de Salvador. Alguns estiveram presentes na assembleia como a vereadora Marta Rodrigues (PT), o vereador e ouvidor geral da Câmara Municipal Augusto Vasconcelos (PCdoB) e o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL).
A Assembleia também aprovou uma agenda de mobilização para os próximos três dias:
1 TERÇA-FEIRA (17/05)
Conversar com os alunos sobre as razões que que fizeram a categoria entrar em greve. Escrever com eles um convite de reunião com os pais, mães e responsáveis no dia seguinte, quarta-feira.
2 QUARTA-FEIRA (18/05)
Manhã, tarde e noite – Reunião com os pais, mães e responsáveis para discutir os motivos da greve.
3 QUINTA-FEIRA (19/05) – Assembleia Geral, às 9h, na Praça Municipal, em frente à Prefeitura de Salvador.
Resistir e Lutar!
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