Foi realizada na última segunda, 28, no Rio de Janeiro, mais uma rodada de negociação da campanha salarial 2023/2024 com os representantes da Eletrobras. O encontro rendeu uma nova proposta da empresa: Renovação de todas as cláusulas nacionais e específico com aplicação da inflação do período nas cláusulas econômicas, exceto a cláusula sétima que trata do quadro de pessoal.
Importante destacar que, desde o inicio das negociações, a prioridade das entiodades sindicais é a manutenção dos benefícios e a garantia de que não ocorram demissões sem justa causa na Chesf. Os dois PDV’s representaram uma redução de 40% do quadro da empresa. Dessa forma, somente a Chesf assegura 36% de todos os desligamentos ocorridos na Eletrobras. “Já fomos penalizados demais nesse processo. Somos a empresa que possui a menor média salarial do grupo e o menor PMSO, não vemos necessidade de mais demissões na empresa”, destaca o diretor do Sinergia, Raimundo Lucena.
Sobre o andamento das negociações, a FRUNE, através do da assessoria jurídica, está finalizando a redação da cláusula sétima, onde estará resguardada a situação específica da Chesf. O acordo será prorrogado até o dia 15 para que possamos realizar as assembleias em todas as bases do Nordeste.
Reunião com o novo presidente da Eletrobras
O Sinergia também marcou presença na reunião com o novo presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, realizado na última segunda, 28, na sede da holding, no Rio de Janeiro. Na reunião, foram abordados temas que afetam os empregados de todas as empresas, sendo assegurado pelo novo presidente da Eletrobras que não haverá descumprimento do acordo assinado. Monteiro destacou ainda sua preocupação com os trabalhadores, saúde e segurança, sendo pontos, segundo ele, inegociáveis dentro dessa nova gestão.
Como saldo do encontro, foi definido um cronograma de reuniões com os sindicatos para tratar dos temas prioritários da categoria, entre eles: plano de saúde, previdência e PLR 2023. Já sobre a reabertura do PDV 2023, após diante do dissídio de natureza jurídica no TST promovida por outras bases, a Eletrobras informou que, como o tema está sendo discutida na esfera Legal, não irá debater esse tema fora âmbito jurídico.
Seguindo a reunião, após ouvir o pleito dos sindicalistas e suas preocupações com as condições de trabalho, a diretoria ressaltou que compartilha a mesma preocupação, assegurando o cumprimento integral do que está assinado no ACT. Questionado sobre o adiantamento da segunda parcela do 13º, foi informado que a Eletrobras irá pagar no dia 13/10.
TERCEIRIZAÇÃO – Presente na reunião, o Vice Presidente de Gente e Cultura, José Renato, após abordagem dos dirigentes sobre a questão da terceirização nas empresas do grupo, admitiu que algumas empresas essa prática excede o limite. Os dirigentes reforçaram que a Chesf é uma dessas empresas, onde inclusive as atividades permanentes da DO foram terceirizadas nos últimos anos, o que além de trazer um risco para o sistema, notoriamente precariza trabalho, devido a salários baixos, falta de treinamento adequado, risco a saúde e segurança do trabalhador. Para a Frune essa é uma das bandeiras de luta prioritária. “Queremos primarizar as atividades principais da empresa. A terceirização em massa no setor de distribuição já se mostrou ineficiente e muito prejudicial ao trabalhador”, finalizou Lucena.
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