Blog do Trabalhador - Notícia no tempo certo

Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

Notícias/Fique Sabendo

Petroleiros protestam contra interdição de campos de petróleo e gás na Bahia

Ato foi em frente a ANP e reuniu movimentos populares e sindical, e prefeitos de cidades afetadas pela paralisação

Petroleiros protestam contra interdição de campos de petróleo e gás na Bahia
Edmilson Barbosa/CUT - ATO NA FILIAL DA ANP NA BAHIA
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Em protesto contra a interdição de 37 poços de petróleo e gás na Bahia, trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás se concentraram, na manhã desta segunda-feira (19), em Salvador, em frente ao edifício onde fica a filial da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que determinou a paralisação das atividades.

Junto com lideranças políticas, vereadores, deputados, representantes dos movimentos populares, dirigentes sindicais e prefeitos das cidades impactadas pela medida, os trabalhadores gritaram palavras de ordem pedindo a permanência da Petrobrás no estado.

O fechamento dos campos impacta na vida dos trabalhadores, que podem perder o emprego, e de sete cidades da região, que vão deixar de receber pagamento de royalties e Impostos sobre Serviços (ISS) da Petrobrás.

Leia Também:

Segundo os dirigentes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), o desmonte da Petrobrás na Bahia é mais um ataque aos trabalhadores, dentre tantos que vêm sendo desferidos desde o golpe de 2016. Caso a determinação da ANP não seja revertida, dizem, mais de 4.500 postos de trabalho podem deixar de existir.

Também sofrerão as consequências, a população que vive nas cidades de Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças uma vez que, com a perda da receita dos impostos, as Prefeituras podem ficar sem recursos para manter serviços básicos para a população, em áreas essenciais como saúde e educação. 

Os campos, que vão de Bálsamo à Taquipe, Litoral Norte, são responsáveis pela produção de 20 mil barris de petróleo e representa um faturamento bruto de R$ 4 bilhões.

Má-gestão e incompetência

A decisão da ANP de paralisar os campos mostra tanto a falta de responsabilidade com os trabalhadores e com a população das cidades afetadas, quanto a competência para resolver os problemas que, ao longo do tempo, foram aumentando por falta de investimento, critica o vice-presidente da CUT-BA e dirigente do Sindipetro-BA, Leonardo Urpia. Sem boa gestão e investimentos, restou o desmonte e a entrega da empresa à iniciativa privada, completa o dirigente.

“É preciso reverter essa decisão e buscar solucionar o que de fato está com problema. Inadmissível que o governo de Jair Bolsonaro ainda utilize do órgão [ANP] para destruir ainda mais o patrimônio do povo brasileiro. Vamos reagir!”, afirma Urpia.

A direção da CUT-BA concorda com a avaliação de Urpia, se solidariza e se soma à luta dos companheiros e companheiras porque entende que a Petrobrás é dos brasileiros e a manutenção desse patrimônio é uma questão de soberania nacional.

São muitos investimentos, projetos, anos de pesquisa, dentre outras ações socioambientais, que não podem ser entregues para a iniciativa privada, dizem os dirigentes. O comprador, afirmam, leva junto toda a capacidade de produção energética do  Brasil.

“Vamos intensificar as nossas lutas em defesa da Petrobras e a decisão da ANP mostra que o governo Bolsonaro, que vai até 31 de dezembro, mesmo em fase de partida do governo, utiliza todas as armas para continuar destruindo o país”, afirma Leninha, presidente da CUT-BA.

A direção do sindicato dos petroleiros vai se reunir com representantes da filial da ANP na Bahia e os sindicalistas vão tentar sensibilizá-los para que voltem atrás na decisão de paralisação imediata dos campos de produção no estado.

Decisão da ANP

A Petrobrás começou na última quinta-feira (15) o processo de paralisação de 37 campos de produção de petróleo e gás no estado cumprindo determinação da ANP após auditoria, feita pela Unidade de Negócios da Petrobras (UN-BA), constatar irregularidades e problemas.

 A decisão da ANP, segundo o Sindipetro-BA, foi contestada por técnicos da Petrobrás, que chegaram a propor prazos para corrigir os problemas, que de fato existem, mas podem ser resolvidos. Porém, a ANP não aceitou e enviou a notificação para a Petrobrás, indicando a parada total dos campos. 

FONTE/CRÉDITOS: Portal CUT
Comentários:
+colunistas

Publicado por:

+colunistas

Lorem Ipsum is simply dummy text of the printing and typesetting industry. Lorem Ipsum has been the industry's standard dummy text ever since the 1500s, when an unknown printer took a galley of type and scrambled it to make a type specimen book.

Saiba Mais

Veja também