Hoje, às 16h, na Praça do Campo Grande, em Salvador, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda organizam ato público contra as ações golpistas da extrema-direita.
Ontem à noite, entidades representativas dos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda realizaram uma reunião e decidiram convocar manifestação em todo o país no dia de hoje contra as ações golpistas da extrema-direita bolsonarista, que invadiu Brasília e depredou os prédios dos três poderes.
Em Salvador, a manifestação será realizada na Praça do Campo Grande, às 16h. “A ultradireita segue uma escalada de ações golpistas, principalmente porque existe uma conivência do exército, das forças policiais dos estados e da União tem encorajado esse setor minoritário no país a seguir atuando com um projeto de golpe militar. Infelizmente, demonstram que as instituições do regime político brasileiro não estão sendo consequentes na luta contra as ações golpistas da ultradireita”, denuncia Jailson Lage, diretor da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União) e da Central Sindical e Popular (CSP) – Conlutas Bahia.
“Diante desse cenário, o movimento sindical e popular, os partidos de esquerda, as centrais sindicais e o conjunto da classe trabalhadora têm que dar uma resposta categórica a essas ações golpistas, colocando o bloco na rua. É preciso realizar manifestações em todo o país para repudiar as ações de ultradireita. Nenhuma trégua para os golpistas”, completa Jailson Lage.
A universitária Milena Oliveira, militante do PSTU, defende a prisão e punição a todos os golpistas. “Somente a classe trabalhadora mobilizada pode garantir a derrota definitiva da ultradireita, impondo a prisão e punição a todos os golpistas. O caminho da conciliação e negociação com a ultradireita é um grande equívoco e só ajuda esse setor a se manter ativo, alimentando a sanha golpista dos bolsonaristas mais radicais”, diz Milena Oliveira.
“Além do mais, o movimento sindical e popular do país deve levar adiante iniciativas de organização da autodefesa da classe trabalhadora para enfrentar as milícias de ultradireita e seus métodos fascistas”, concluiu a militante do PSTU.
Os manifestantes levarão às ruas, na tarde de hoje, as seguintes reivindicações:
- Prisão de Anderson Torres, dos comandos das forças policiais do DF e de todos os agentes públicos que colaboraram direta e indiretamente para as ações golpista do dia 8/01;
- Prisão, punição e expropriação de todos os organizadores, articuladores e financiadores das ações golpistas da ultradireita, a começar por Bolsonaro e sua família;
- Nenhuma trégua aos golpistas, convocar imediatamente manifestações, atos e ações da classe trabalhadora contra a ultradireita e o movimento golpista;
- Organizar a autodefesa dos trabalhadores e trabalhadoras;
- Em defesa das liberdades democráticas, ditadura nunca mais.
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