O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), anunciou a volta do Programa de Cisternas, para a construção de equipamentos para acúmulo de água para as famílias rurais do semiárido e da Amazônia.
Serão investidos R$562 milhões este ano, beneficiando cerca de 60 mil famílias, segundo o Governo Federal. De acordo o MDS serão dois editais, que juntos valem R$ 500 milhões: uma para a contração de cisternas de consumo e produção de alimentos no semiárido (R$400 milhões) e outro para a contratação de sistemas individuais e comunitários de acesso à água na Amazônia (R$100 milhões).
A Associação Programa Um Milhão de Cisternas receberá R$ 16 milhões já pactuados, mais nunca investidos, que iniciou o projeto de mesmo nome antes mesmo do primeiro mandato de Lula, um acordo foi homologado na justiça no último dia 18.
O outro acordo foi com a Fundação Banco do Brasil e com BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que teve um aditivo assinado nesta quinta-feira (27/07). Ele prevê a "recuperação de R$ 46,4 milhões que seriam perdidos por problemas de gestão relacionados ao governo anterior". Não há mais detalhes sobre que problemas seriam esses.
O programa está paralisado desde o inicio da gestão do Governo Bolsonaro, onde menos de 50 mil cisternas para consumo humano foram entregues. Em 2022, o programa teve o pior resultado da história.
Segundo a Articulação do Semiárido (ASA) cerca de 350 mil famílias estão na fila de espera do equipamento, sendo tão essencial para as famílias do semiárido, pois não só mata a sede, como reduz a dependência, ajuda na produção de alimentos e combate a fome.
O Programa Cisternas foi criado pelo governo federal em 2003 e recebeu prêmios internacionais como o Prêmio Sementes 2009, da ONU (Organização das Nações Unidas), concedido a projetos de países em desenvolvimento feitos em parceria entre organizações não governamentais, comunidades e governos.
Também recebeu a premiação "Future Policy Award" (Política para o Futuro), em 2017, da World Future Council, em cooperação com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação.
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