Em uma espécie de humilhação imposta aos (às) seus (suas) empregados (as), a Embasa, frustrando todo um esforço coletivo, ao invés de ampliar o número de pessoas a serem contempladas com as Promoções por Mérito, de forma inacreditável e até mesmo vergonhosa, reduziu a abrangência das promoções a irrisórios 21,92% dos (das) trabalhadores (as) da empresa. Esta é a menor distribuição de promoções de toda a história do programa.
Ao que parece, os bons ventos que levaram à eleição de Lula em âmbito federal e de Jerônimo na Bahia não chegaram na Embasa. Depois de enfrentar a pandemia, mantendo os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário para população nos piores momentos e em condições de trabalho adversas, muitas vezes sem transporte fornecido pela empresa e com fardamento rasgado, o mínimo que os (as) trabalhadores (as) da Embasa esperavam era o reconhecimento desse esforço da cada um (uma) através da progressão na carreira. O que se viu, ao contrário, foi uma verdadeira “facada” na classe trabalhadora da Embasa.
A Promoção por Mérito, que deveria ser um instrumento de gestão de pessoas para a consagração e incentivo aos (às) trabalhadores (as) da organização, tornou-se, infelizmente, uma potente forma de desmotivação, revolta e frustação. Com essa atitude a Embasa certamente compromete o seu futuro, ao jogar fora todo um trabalho de anos que, ao contar com a dedicação máxima dos (das) seus (suas) empregados (as), tem feito com que a empresa se destacasse entre as maiores companhias de saneamento do país.
Não é de agora que o Sindae tem reclamado maior transparência e equidade da Embasa nos critérios de promoção, sendo que até a manhã de hoje (21/12), em que pese as reiteradas cobranças do sindicato, a entidade não havia sido informada sobre qual seria o montante do orçamento destinado à promoção (que é o que determina a média de corte) e nem quantas pessoas seriam contempladas com essa progressão no âmbito do Plano de Cargos, Salários e Carreiras – PCSC. Essa atitude não tem outra explicação senão calar a categoria e dificultar a sua mobilização ao deixar para apresentar essas explicações exatamente no último dia do fechamento da folha de pagamento. O sindicato chegou a enviar ofício para a diretoria da empresa reivindicando que o orçamento para a promoção não fosse menor que o disponibilizado em 2018, mas a revelação, que só veio hoje, foi que a Direx definiu um percentual muito menor, de apenas 1,23% do valor da folha de novembro. O resultado dessa decisão foi que apenas 21,92% dos (as) empregados (as) efetivamente receberam a promoção contra 37,51% em 2018 e 44,76% em 2014.
Diante desse descalabro, o Sindae já acionou o seu setor jurídico para avaliar as inconsistências desse processo e está à disposição da categoria para ajuizar as ações judiciais cabíveis para os (as) seus (suas) associados (as).
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