A violência é um grave problema social. Ela atinge todos a nós de forma diferente. Mas, no caso dos trabalhadores do grupo Neoenergia/Coelba a exposição a atos de violência, inclusive com ameaça a integridade física e a própria vida tornou-se cada vez mais comum. Prova disso são os diversos casos de agressões já registrados nos últimos meses.
Além dos riscos inerentes a profissão e o assédio por busca de resultados, muitas vezes inalcançáveis, têm sido frequentes as denúncias de ameaça, agressões físicas, cárcere privado e, até mesmo, tentativa de homicídio nas atividades de campo dos eletricistas.
Mas se por um lado, o lema da empresa é “acima de tudo a vida”, o que se observa é a omissão. Lamentavelmente, tentando ocultar os fatos e evitar discutir as medidas protetivas. O receio da empresa em fazer esse debate, pode estar relacionado ao fato de em 2021 uma outra concessionária não dar suporte aos funcionários e, por isso, tornou-se ré em uma ação do MP. Será que teremos que também provocar a Justiça?
Casos vão se somando
No último dia 29 de dezembro, um coelbano foi realizar uma nota de manutenção e precisou retirar uma ligação clandestina, o que ocasionou a falha de conexão no distrito de Massarandupio, distrito de Entre Rios, na Bahia. Após o procedimento, um vizinho insatisfeito, esfaqueou o trabalhador pelas costas.
São inúmeros os casos de agressões, intimidações e ameaças. É preciso que a empresa adote publicamente uma postura de defesa e preservação dos seus funcionários, inclusive resguardando a integridade física. Sabemos que esse é um processo complexo, que envolve vários fatores, inclusive o envolvimento de poderes públicos, mas a vida realmente é o que mais importa. E, para nós, a dos coelbanos tem um valor especial.
O Sinergia mantém a sua assessoria jurídica à disposição dos trabalhadores. Além disso, o sindicato vai solicitar da empresa uma reunião para debater as questões realcionas a segurança dos coelbanos que atuam em condições de risco.
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