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Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2024

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Um Chamado à Embasa para Combater o Assédio no Trabalho: MPT abre Inquérito Civil

Promover quem comete assédio é uma afronta ao compromisso com a dignidade e os direitos dos (das) trabalhadores (as)

Um Chamado à Embasa para Combater o Assédio no Trabalho: MPT abre Inquérito Civil
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No dia 14 de outubro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) tomou uma atitude decisiva ao instaurar um Inquérito Civil para investigar denúncias de assédio moral e sexual na Embasa, especificamente no Parque Paulo Jackson, em Salvador. Esta ação revela a urgência de um problema que, infelizmente, ainda permeia a cultura organizacional de muitas empresas: a violência psicológica e sexual no ambiente de trabalho.

Desde maio, o Sindae vem alertando a Embasa sobre da possibilidade dessas graves ocorrências no Parque Rio Vermelho, o que resultou em uma paralisação de 24 horas em 27 de agosto. Essa medida extrema foi necessária para assegurar a proteção dos (das) trabalhadores (as) e pressionar a empresa a tomar ações concretas. É inaceitável que relatos de assédio sejam tratados com indiferença, como se fossem meras queixas isoladas.

Os relatos de trabalhadores (as) que teriam sofrido humilhações reiteradas no Parque do Rio Vermelho são contundentes. Esses relatos levaram a uma cobrança direta do sindicato para a presidência da Embasa, exigindo uma apuração rigorosa dos casos e o afastamento de eventuais assediadores (as) de funções gerenciais. É alarmante saber que, ao invés de punições adequadas, esses (essas) indivíduos (as), muitas vezes, são transferidos (as) para outras áreas ou até promovidos (as), reforçando um ciclo de impunidade que deslegitima o compromisso declarado da empresa em combater esses abusos.

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Como resta óbvio, esse assunto não é novo na empresa, mas a omissão de casos de assédio não pode ser tolerada. A criação de um ambiente de trabalho mais humanizado e seguro não é apenas uma necessidade, mas uma responsabilidade que a Embasa precisa assumir verdadeiramente.

É absolutamente inaceitável que uma empresa premie assediadores promovendo-os (as) em vez de puni-los (las). Essa prática não apenas perpetua um ambiente de medo e insegurança, mas também envia uma mensagem clara de impunidade, deslegitimando qualquer discurso institucional contra o assédio. Quando um assediador é promovido, a organização valida comportamentos abusivos e enfraquece a confiança de todos (todas) os (as) trabalhadores (as), que devem sentir-se seguros e respeitados em seu local de trabalho.

Promover quem comete assédio é uma afronta ao compromisso com a dignidade e os direitos dos (das) trabalhadores (as). A Embasa tem a responsabilidade de implementar políticas rigorosas de prevenção e punição que assegurem um ambiente de trabalho saudável.

Com a intervenção do MPT, espera-se que não apenas os fatos sejam esclarecidos e os (as) culpados (as) punidos (as), mas que a Embasa implemente políticas sérias e eficazes de prevenção e combate aos assédios, tanto moral quanto sexual. Exemplos de sucesso em outras organizações mostram que é possível criar um ambiente onde todos se sintam respeitados e seguros. É fundamental que a Embasa siga esse caminho, abandonando discursos vazios e adotando práticas concretas.

Vamos à luta!

FONTE/CRÉDITOS: Sindae
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