Na manhã desta quinta-feira, 21/08, a comissão de negociação composta por diretores do SAAE e representantes da prefeitura apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 5,9%, abaixo do INPC acumulado no ano base 2024/25, que seria aplicado apenas nos salários base dos trabalhadores. A direção do Sindicato, representada por Gilson Guimarães e Orlando Santos, levou a proposta para ser votada em assembleia, e a mesma foi rejeitada por unanimidade.
Segundo o atual gestor do SAAE, o engenheiro Renavan Sobrinho, a autarquia passa por insuficiência de caixa para qualquer aumento de despesa.
O Sindicato apurou que a atual situação que está acontecendo no SAAE é decorrente da falta de uma boa gestão no passado, em que se gastou mais do que a arrecadação, e isso foi se acumulando ao longo de anos, chegando a este ponto. Mas o SINDAE também chama a atenção da direção do SAAE e dos representantes da prefeitura de que essa conta não pode ser paga pelos trabalhadores, que não têm culpa alguma nisso.
Os trabalhadores só estão reivindicando aquilo que lhes é de direito, que é, no mínimo, a reposição inflacionária.
Na mesa de negociação, foi informado à direção do SINDAE que a dificuldade em conceder o reajuste salarial do INPC no salário e no vale alimentação se deve a um acordo que o prefeito fez com os demais servidores, em que, caso os trabalhadores do SAAE tivessem reajuste acima dos demais servidores, o município deveria completar a diferença para os demais servidores municipais.
A direção do sindicato deixou muito claro na mesa de negociação que não irá aceitar negociar os interesses dos trabalhadores do SAAE condicionados à situação dos demais servidores municipais, porque o SAAE é uma autarquia autônoma que possui independência financeira, ou seja, não depende do tesouro público municipal. Condicionar a negociação dos 160 trabalhadores do SAAE à situação de quase 2 mil servidores municipais, que o SINDAE não representa, não pode ser argumento utilizado em uma mesa de negociação, pois fere o princípio da autonomia sindical garantida pela Constituição Federal.
Uma nova rodada de negociação ficou de ser agendada pelos representantes do município para voltar à mesa de negociação.
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