Durante o evento que marcou a retomada das atividades do Estaleiro Enseada, em Maragogipe, na tarde desta quinta-feira (9), uma comitiva do Sindipetro Bahia participou da celebração pelo renascimento da indústria naval na Bahia — um marco importante para a geração de empregos, renda e desenvolvimento regional.
Mas o momento também foi de posicionamento firme em defesa dos trabalhadores e da soberania nacional. O sindicato reafirmou pautas históricas da categoria petroleira, como a reestatização da RLAM, o fim dos equacionamentos, manutenção do polo Bahia e a insatisfação com a terceirização irrestrita na Fafen, assim como a ameaça de parceria na PBio.
Liderando a comitiva, a coordenadora geral do Sindipetro-BA, Elizabete Sacramento, espera que os anúncios apontem a direção que a Petrobrás deve seguir. “Viemos celebrar o retorno do estaleiro, que vai gerar emprego, renda e retomar o desenvolvimento da região, e que só foi possível por causa de investimentos do Governo Federal e da Petrobrás. É exatamente esse o caminho que desejamos que a Petrobrás trilhe aqui na Bahia: mais investimentos, expansão da produção e manutenção da gestão estatal de suas unidades”, lembrando ainda da reestatização do que já foi privatizado.
O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, subiu ao palco para agradecer ao presidente Lula pela retomada da indústria naval a partir de encomendas aos estaleiros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, agora, da Bahia. Deyvid, no entanto, apontou que a conquista é fruto de luta e articulação da classe trabalhadora. “Fizemos audiências públicas em todas as cidades do Recôncavo baiano, cujo resultado foi a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobrás. E todo esse movimento gerou isso que nós estamos vendo. Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras!”, gritou o coordenador, levantando o público.
Radiovaldo Costa, deputado estadual pelo PT baiano, reiterou as pautas petroleiras, adicionando que alguns dirigentes sindicais aproveitaram o evento para conversar com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard. “Cobramos a manutenção desses investimentos, e também que seja resolvido o problema dos equacionamentos, uma solução definitiva para nossos aposentados, aposentadas e pensionistas. Ela se colocou à disposição para conversar conosco sobre a situação da Bahia”, informou.
O Sindipetro Bahia segue presente lutando por uma Petrobrás pública, forte em nosso estado e a serviço do povo brasileiro — e por uma Bahia que continue avançando com emprego, justiça e dignidade para sua gente.
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