Nos bastidores da política baiana, uma informação alarmante tem circulado e precisa ser tratada com a seriedade que merece. Denúncias apontam que um integrante de alto escalão da Embasa estaria alinhando esforços com empresários para promover a privatização de setores da Embasa.
Segundo as informações, encontros com empresários influentes teriam sido realizados para tratar pessoalmente do tema, o que, se confirmado, configuraria não apenas uma grave afronta ao interesse público, mas também um possível crime contra a administração pública.
Essa denúncia, por si só, já acende um alerta para a sociedade. A privatização do saneamento é uma ameaça concreta: experiências em outras regiões mostram que, quando o setor é entregue à iniciativa privada, tarifas aumentam, a qualidade do serviço cai e as populações mais vulneráveis são as primeiras a sofrer.
Há ainda relatos de que o mesmo integrante estaria negligenciando os contratos firmados entre a Embasa e os municípios, priorizando atender interesses empresariais em vez de cumprir as obrigações da estatal. Essa postura, além de ser uma violação de seus deveres enquanto gestor público, pode comprometer seriamente os contratos da Embasa, abrindo caminho para a privatização – uma estratégia que, se for intencional, é tão ardilosa quanto irresponsável.
Essa situação exige uma resposta imediata. O governo estadual e as autoridades competentes precisam investigar com rigor as denúncias. Se comprovadas, é fundamental que os responsáveis sejam exemplarmente punidos. Não podemos admitir que a Embasa seja transformada em moeda de troca para interesses privados, especialmente por aqueles que têm o dever de zelar pelo patrimônio público.
A luta pelo direito à água e pelo saneamento público é uma batalha pela justiça social, e não podemos nos calar diante de ameaças tão graves.
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