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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024

Futebol/Bahia

Reunião sobre público na Série A acaba sem decisão e com briga entre presidentes da CBF e da Ferj

Dirigentes não se entenderam durante encontro virtual nesta quinta

Reunião sobre público na Série A acaba sem decisão e com briga entre presidentes da CBF e da Ferj
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A reunião entre CBF e clubes, da qual participaram os presidentes das federações estaduais, terminou em bate-boca.

O GLOBO apurou que o desfecho foi uma discussão ríspida entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o presidente da Ferj, Rubens Lopes. O secretário-geral da entidade, Walter Feldman, precisou intervir e encerrar o encontro, cujo objetivo inicial era debater a volta do público aos estádios.

Rubens Lopes chegou a dizer que o presidente da CBF tinha "esquecido de tomar o Gardenal" (um remédio).

Antes do ápice da tensão, os clubes divergiram em relação ao tema principal. Para o Flamengo, por exemplo, os dirigentes não deveriam tomar uma decisão sobre volta ou não, deixando isso a cargo das autoridades. O clube cuja cidade tivesse permissão para presença de torcida, deveria usufruir disso.

Palmeiras e Corinthians, por outro lado, estavam no bloco oposto, reforçando a ideia defendida pela maioria de que só deve ser adotada a presença de público de forma igualitária.

O presidente da Ferj, Rubens Lopes, levantou uma questão técnica e ponderou que a reunião nem poderia votar qualquer assunto porque não foi convocada no formato de conselho técnico - que é o fórum para debates de regulamentos da Série A. Rubinho também queria mais tempo para discursar e chegou a deixar claro a falta de democracia na reunião.

Antes dos momentos ríspidos com Caboclo, houve discussão entre Rubinho e o presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia. O dirigente paranaense até citou a quantidade de governadores do Rio presos recentemente. Petragla entrou no debate mais uma vez em ocasião posterior, criticando tanto Rubinho quanto Caboclo.

Mais perto do fim da reunião, os ânimos se exaltaram de vez entre os mandatários da Ferj e da CBF. Caboclo elevou o tom, falou mais alto e tentou, pela última vez, colocar a questão do público em votação. Mas Rubinho não baixou a guarda. O assunto parou de andar. O constrangimento com a cena foi geral entre os presidentes de clubes. Aí, Feldman tentou apaziguar. A sugestão foi encerrar a reunião, sem decisão tomada.

  • O debate pode ser retomado a qualquer hora. Roupa suja se lava em casa. O que aconteceu, no meu entender, ficou ali. Todos da reunião querem o bem do futebol brasileiro e expuseram as suas opiniões. Tenho a certeza que não cometi nenhum exagero, mas não julgo quem os possa ter cometido. Vai da consciência de cada um. Estou pronto para o diálogo em prol do caminho de solução dos problemas e de braços abertos ao entendimento com presidente da CBF. Se pais e filhos se desentendem nada de anormal se presidentes também tenham seus desencontros, temporários, fugazes, sem mágoas ou cicatrizes - disse Rubens Lopes, após a reunião.

Antes, quando o clima ainda estava ameno, Caboclo colocou à mesa a ideia de estipular uma limitação mínima de jogadores, diante surto de Covid-19 nos times da Série A. Na versão da entidade, "a CBF estabeleceu, com anuência da grande maioria dos clubes, o mínimo de 13 atletas não infectados para que a partida seja realizada".

 

FONTE/CRÉDITOS: G1
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