A equipe do Bahia encerrou na tarde desta terça-feira (6), no CT Evaristo de Macedo, a preparação para o jogo contra o Vasco. O duelo, válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, será na noite desta quarta-feira (7), às 19h15, no estádio de Pituaçu.
A atividade não contou com o meia Rodriguinho, que segue em recuperação de um trauma no pé. Seu trabalho se resumiu a uma atividade na academia.
Quem esteve em condições de treinar iniciou os trabalhos com um treino físico de força na academia sob a orientação dos preparadores Rogério Dias, Luiz Andrade, Vitor Gonçalves e Roberto Nascimento.
Em campo, o trabalho com bola teve foco inicial na troca de passes e lançamentos. Depois, a provável equipe titular fez um trabalho de posicionamento com o técnico Mano Menezes e o auxiliar Sidnei Lobo. As bolas paradas defensivas, que estão sendo um problema dentro de campo para o Tricolor, foram treinadas.
Em outro campo, os outros jogadores fizeram uma atividade técnica focada na posse de bola. Essa atividade foi comandada pelos assistentes Cláudio Prates, James Freitas e Leandro Dell.
Ao fim do trabalho, os relacionados seguiram para a concentração.
O Bahia vem tendo boas atuações, mas os resultados no placar ainda decepcionam e deixam o torcedor preocupado. No último domingo (4), a equipe pressionou, porém amargou um revés diante do Sport. Dessa vez, independente da atuação, a ideia é sair vencedor diante do Vasco nesta quarta-feira (7), em Pituaçu. Foi o que afirmou o atacante Élber em entrevista no CT Evaristo de Macedo.
"Antes da partida contra o Sport, sabíamos dos resultados e eram favoráveis. A gente foi com a intenção de vencer e dar um salto na tabela, mas infelizmente não conseguimos o triunfo. A equipe está apresentando um bom futebol, mas os resultados não estão acontecendo. Precisamos somar os três pontos, independente de jogar bem ou não", disse.
Élber ressaltou a melhora no desempenho técnico da equipe, mas lamentou a falta de resultados. Para se ter uma noção, o Esquadrão de Aço só conseguiu vencer uma das cinco primeiras partidas com o técnico Mano Menezes do comando.
"Como todos sabemos, o grupo sabe que vem apresentando um bom futebol... É nítida nossa melhora de jogo, mas infelizmente os resultados não vem sendo compatíveis com o que estamos apresentando. A gente espera melhorar e em cima disso poder sair com os três pontos, que é o que mais importa no momento", indicou.
Questionado sobre um possível desgaste no elenco ou estagnação na qualidade do elenco, Élber negou qualquer tipo de rusga e valorizou o grupo que está à disposição do Esquadrão de Aço.
"Nós somos um grupo unido, não tem vaidade aqui no nosso elenco. Todos procuram fazer o melhor para sairmos com o resultado positivo, a qualidade do nosso elenco não tem discussão. São jogadores e técnico e renomados do futebol brasileiro e agora chegaram mais dois jogadores para agregar, que são o Elias e o Martins. Temos tudo para brigar lá em cima. Quando a gente começar a vencer, vamos brigar pelas primeiras posições. Esse é o nosso objetivo e o da torcida", projetou.
O volante Jadson não faz mais parte do elenco do Bahia. No início da tarde desta terça-feira (6), o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, anunciou um acordo para a rescisão do contrato do atleta. De acordo com o mandatário, houve um entendimento de que ele não seria utilizado e que outros jogadores devem deixar o elenco.
"Ser presidente do Bahia é um cargo muito difícil. A gente tem que tomar decisões que não cabem meio termo. Quando tivemos oportunidade de rescindir com Fernandão, quando vendemos Flávio ou trouxemos Elias. A gente agora tem o desligamento de Jadson para a recomposição do elenco. Podemos ter outros desligamentos e estamos conversando, sem querer fazer de qualquer jogador o responsável pela crise", declarou, em entrevista ao aplicativo oficial do clube.
Jadson chegou ao Bahia no início da temporada após uma passagem pelo Cruzeiro. No total, foram 12 partidas disputadas e um gol marcado com a camisa tricolor.
O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, se pronunciou ontem a tarde, sobre a fase do time no Campeonato Brasileiro. Em entrevista ao aplicativo oficial do clube, o dirigente tricolor reconheceu que é um momento de "absoluta insatisfação" e apontou a busca por até mais três reforços. Entre estes nomes, um está em negociação e as demais carências dependem da análise da comissão técnica.
"É um momento de absoluta insatisfação. Estamos enfrentando dificuldades muito grandes, superiores ao que a gente esperava, fora do nosso planejamento. Tínhamos feito uma quantidade menor de contratações no início do ano. Apesar de pouco criticadas na origem, algumas críticas vem surgindo nos momentos mais difíceis. Não conseguimos elevar o nível técnico. É reconhecer a insatisfação e dificuldade. A gente não busca entender que o problema está em um único eixo. Uns dizem que faltam empenho, outros dizem que falta qualidade. A gente tem procurado analisar com tranquilidade e exigência, entendendo que podemos ter problemas em vários aspectos... A gente tá fazendo alguns movimentos, primeiro as contratações. Estamos buscando algumas contratações. Devemos fazer mais duas ou três. Esse momento é de contratar para impacto de curto prazo. Essas contratações são de desejo da comissão técnica e estamos colocando na mão de Mano Menezes. Apenas uma das três está em negociação, até porque a comissão não cravou. Está em análise, a comissão está buscando o perfil. Assim que nos derem a demanda, vamos buscar", projetou.
Bellintani também comentou sobre as atuações do time em campo e afirmou que vê uma melhora. No entanto, para ele, ainda há o que evoluir para se afastar da zona de rebaixamento da competição nacional.
"Além de contratação, estamos observando a postura do time. Somos um time de produz, mas estamos sofrendo muitos gols. Está claro que temos um nível razoável de criação, mas estamos perdendo muitos gols. Precisamos melhorar muito, mas o time em campo está se protegendo. Mas ainda há muito a evoluir", disse.
Ao ser questionado sobre o trabalho do diretor de futebol Diego Cerri, Bellintani reconheceu que o departamento de futebol não está desempenhando um bom trabalho, mas ressaltou que as decisões são tomadas em conjunto e que não colocará nenhum nome para o blindar.
"Ninguém vai fazer blindagem para um trabalho que não vem tendo resultado. Se eu disser que as coisas estão acontecendo, serei chamado de louco. Essa responsabilidade não é de uma única pessoa. O futebol se acostumou a individualizar os erros e trituram as pessoas. Acho que as decisões de Diego Cerri foram tomadas em conjunto com as comissões técnicas, análise de desempenho e o próprio presidente. Não coloco nenhum herói na hora do sucesso e não vou crucificar ninguém na hora do fracasso. É preciso mudar o departamento de futebol para soluções, mas não vou colocar ninguém na minha frente para me proteger", indicou.
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