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Sabado, 08 de Novembro de 2025

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Sob orientação da Embasa, FGV rejeita todas as 18 propostas apresentadas pelo Sindae para o PCSC e sugere acabar com promoção por antiguidade e anuênio. Categoria deve reagir!

O sindicato destacou a importância de resgatar cargos extintos, como os de monitor de obras e assistente de informática

Sob orientação da Embasa, FGV rejeita todas as 18 propostas apresentadas pelo Sindae para o PCSC e sugere acabar com promoção por antiguidade e anuênio. Categoria deve reagir!
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Em reunião realizada na tarde desta sexta-feira (31/10), a direção do Sindae se reuniu pela segunda vez com técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), contratada pela Embasa para elaborar os estudos de revisão do Plano de Cargos, Salários e Carreiras (PCSC). No primeiro encontro, o sindicato havia apresentado um documento com os resultados de uma consulta feita junto aos(às) trabalhadores(as) sobre a revisão do plano.

Durante 15 dias, o Sindae disponibilizou em seu site um formulário para coleta de opiniões, que recebeu 435 respostas e gerou 611 sugestões, organizadas em 18 categorias. O levantamento permitiu identificar tendências e demandas comuns da categoria.

Desta vez, a FGV apresentou um diagnóstico baseado em entrevistas com diversas áreas da empresa, buscando compreender atribuições e necessidades de aperfeiçoamento das relações de trabalho.

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Todas as propostas da categoria foram rejeitadas

Das 18 propostas apresentadas pelo Sindae, a FGV rejeitou todas e ainda sugeriu o fim da promoção por antiguidade e do anuênio. Entre as propostas defendidas pela categoria estavam o retorno da progressão vertical de carreiras prevista no plano de 2009, incentivo à qualificação profissional e criação de adicional de titulação. Também foram sugeridas a redução do número de faixas salariais, equiparação salarial das funções de nível médio, diminuição da disparidade entre níveis médio e superior, implantação do piso salarial dos(as) engenheiros(as), promoção por antiguidade a cada dois anos, criação de gratificações para líderes de equipe, responsáveis por processos, comissões e almoxarifado, além da redução da jornada diária dos(as) agentes administrativos para 6 horas, reversão das funções em extinção e equiparação salarial dos(as) profissionais de nível superior.

Volta dos cargos extintos

O sindicato destacou a importância de resgatar cargos extintos, como os de monitor de obras e assistente de informática. A FGV, entretanto, foi categórica ao afirmar que não haverá retorno de cargos extintos, pois esse tema “não está em debate”. Ao tratar dos desvios de função, a fundação defendeu a correção das atribuições, o que, na prática, parece apontar para uma generalização de tarefas, o famoso “Zé da Água”, o faz-tudo.

Fim da promoção por antiguidade e do anuênio

O fim da promoção por mérito foi uma conquista da categoria, já que o antigo modelo gerava injustiças e desmotivação entre os(as) trabalhadores(as). Agora, no entanto, a empresa quer retomar a promoção por mérito e extinguir a promoção por antiguidade e o anuênio. Pela sinalização deixada na reunião, a ideia seria: “o que já foi conquistado, fica; mas daqui para frente, acabou”.

Funções técnicas e gerenciais

Outro ponto polêmico apresentado pela FGV foi a defesa de que profissionais técnicos, como engenheiros(as), não exerçam funções gerenciais. Segundo a fundação, 44% dos(as) engenheiros(as) da Embasa ocupam cargos de gerência, o que seria “inaceitável”, por gerar desequilíbrio e deficiência na área técnica.

Único ponto aceito: edital de remoção

Para não dizer que tudo foi negativo, a única proposta aceita para discussão foi a criação de um edital de remoção, sugerido pelo sindicato. A ideia é que, antes da realização de concurso público, trabalhadores(as) interessados(as) em transferência possam se inscrever.

Segundo a FGV, gestores têm reclamado que algumas pessoas fazem concurso cientes que irão trabalhar em determinada localidade, mas logo após pedem transferência. O Sindae rebateu lembrando que as solicitações de transferência ocorrem porque há vagas, muitas vezes ocupadas por terceirizados(as). O sindicato vem cobrando a publicação de um edital de remoção prévio ao concurso público, demanda antiga da categoria.

Próximos passos

A conclusão dos estudos da FGV está prevista para meados de novembro, quando será apresentado o relatório final com as proposições para a empresa.

Diante da clara indicação de retrocesso, o Sindae conclama os(as) trabalhadores(as) à mobilização e à luta. Um PCSC justo deve estar alinhado às demandas da Embasa, mas também precisa refletir as expectativas de seus(suas) trabalhadores(as), verdadeiros responsáveis por construir uma Embasa mais forte, eficiente e comprometida com o serviço público de qualidade.

FONTE/CRÉDITOS: Sindae
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