O Sindiquímica Bahia exige uma ação imediata da Bahiagás diante do grave cenário de violações trabalhistas e riscos à integridade física de trabalhadores envolvidos na obra do Gasoduto Sudoeste, em Jequié. A situação é insustentável e compromete a dignidade, a segurança e a vida de mais de uma centena de operários e técnicos.
Há três meses, 105 trabalhadores contratados pelas empresas CGN (Consórcio Gás Natural) e TD Construtora não recebem seus salários. O FGTS está sem recolhimento há 10 meses, e os demitidos sequer tiveram suas rescisões pagas. Em consequência, muitos foram despejados das casas alugadas pela própria construtora, pela falta de pagamento dos aluguéis, estando em situação de penúria, fome e desamparo.
O problema tem gerado um caos na cidade, com os trabalhadores fazendo mobilização de cobrança dos seus direitos, pois precisam garantir sua alimentação e moradia, entre outras despesas emergenciais.
A Bahiagás, como empresa pública responsável pela obra e co-responsável pela fiscalização dos contratos, não pode se eximir de sua responsabilidade. O investimento bilionário de R$ 435 milhões no Gasoduto Sudoeste, anunciado como estratégico para o Estado da Bahia, não pode se efetivado sobre a exploração e o sofrimento dos trabalhadores.
Além das consequências econômicas e sociais provocadas pelas dívidas trabalhistas, a insegurança tem escalado para ameaças concretas. Trabalhadores concursados e terceirizados da própria Bahiagás vêm sendo constrangidos publicamente e, agora, também ameaçados por ex-funcionários da CGN. Há registros de mensagens com teor de ameaça circulando em grupos de WhatsApp e até de tentativa de invasão da base da companhia por um ex-funcionário em estado de descontrole.
A ausência de segurança privada na base de Jequié e a exposição dos trabalhadores, que circulam pela cidade com uniformes e veículos identificados com a marca da empresa, os coloca em risco direto. O clima de tensão e medo é crescente e exige resposta urgente.
O Sindiquímica Bahia cobra o pagamento imediato dos salários, rescisões e regularização do FGTS dos trabalhadores da obra e a adoção de medidas emergenciais para garantir a segurança de todos os funcionários que atuam em Jequié. Além disso, exigimos transparência da Bahiagás sobre as ações que estão sendo tomadas para resolver o problema.
Basta de descaso. Respeito aos trabalhadores
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