Informações vindas do governo dão conta que os salários de maio já serão pagos com o reajuste de 4% imposto pelo governo aos servidores. Como será pago retroativo a fevereiro, os funcionários públicos terão uma pequena folga no orçamento desse mês.
A folga, que durará um mês, não resolverá o problema, contudo. Em especial os servidores que ganham menos fazem hoje malabarismo para pagar as contas, fruto da não correção dos salários iniciada pelo governo anterior, em 2015. Aliás, enquanto terá 4% de reposição, o funcionalismo pagará 8% de aumento no Planserv.
O governo propagandeia que também aprovou a venda da Licença-Prêmio adquirida a partir de 2015 e ainda não gozada. Com certeza, é um alívio nas contas e era um pleito do Sindsefaz como forma de diminuir ou quitar as dívidas que os servidores adquiriram nos últimos anos.
O problema é que enquanto os 8% de aumento no custo do Planserv serão levados para toda a vida pelo servidor, a venda da Licença-Prêmio acaba no momento em que o dinheiro entrar na conta e pagar as dívidas.
Para o Sindsefaz, o governo precisa reinstalar as mesas Central e setoriais de negociação, para retomar as conversas com as representações dos servidores. A imposição de um índice inferior à inflação, a desconsideração das perdas anteriores e a falta diálogo são três péssimos sinais dados pelo governo que se inicia.
Mas avisamos. Vamos denunciar e reagir.
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