Na última segunda-feira (12/06) foi divulgada uma pesquisa pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, na qual revela que aproximadamente 90% da população mundial, sem importar o sexo, tem algum tipo de preconceito contra as mulheres.
O estudo ainda mostra que 84,5% das pessoas no Brasil têm pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres, os piores indicadores estão relacionados à integridade física. Por exemplo: 69% da população mundial acredita que os homens são melhores líderes políticos que as mulheres, por outro lado, apenas 27% dos (das) entrevistados (as) acreditam que é essencial para a democracia que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens. Quase metade da população (46%) acredita que os homens têm mais direito a um emprego e 43% afirmam que os homens são melhores líderes empresariais. O relatório mostra ainda que 25% da população considera justificável a agressão de um homem contra a esposa e 28% considera que a universidade é mais importante para os homens. No cenário mundial, segundo o relatório, hoje, mais de um quarto da população mundial acredita que é justificável um homem bater em sua esposa.
A pesquisa traz um cenário triste, principalmente se tratando de uma era com tantas tecnologias e informações. As atitudes dos governos têm um papel fundamental nas políticas públicas que combatam com firmeza o preconceito, afinal, é inadmissível, nos dias atuais, o retrocesso exposto pelo machismo e sexismo.
É necessário ações enérgicas como o fortalecimento de sistemas de proteção e assistência social voltados para as mulheres, principalmente aquelas que vivem em vulnerabilidade social. Promoção de inclusão financeira, além do investimento em leis e medidas políticas que promovam a igualdade de gênero nos espaços de poder para construir estados sensíveis às questões de gênero.
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