Administrando o caos” foi a resposta dada por um servidor da Fazenda lotado no Posto Fiscal Jaime Baleeiro, em Urandi, quando perguntado pela diretoria do Sindicato sobre como estava a situação deles na unidade. O diálogo aconteceu durante a visita que os diretores da entidade – Cláudio Meirelles, Davi Marcos e Pascoal Gama – realizaram no PF na terça (20).
As imagens que acompanham esta matéria dão uma pequena ideia do que significa a frase “administrando o caos” [confira as imagens no final da matéria]. É, em linhas gerais, a realidade das unidades da Secretaria da Fazenda em todo o Estado, em especial nos postos fiscais, abandonados há muito tempo, caminhando para o completo sucateamento, estado terminal que não está longe de ser alcançado.
No PF Jaime Baleeiro não há balança de pesagem dos caminhões, situação idêntica já presenciada em quase todos os demais postos, o que compromete a aferição do que está constando nas notas fiscais. A estrutura física é o retrato do descaso e do improviso, com o funcionamento se mantendo graças à iniciativa dos colegas, que chegam a comprar equipamentos.
Os colegas ainda relatam a dificuldade com a Central de Autuação. Dizem que é grande os desencontros entre as informações encaminhadas e o retorno delas, muitas vezes causando a perda do trabalho. Alegam que como os colegas que estão no órgão não acompanharam a ação fiscal, dispondo assim de poucos elementos, não raro, termos lavrados não têm retorno. Sem falar que o Sindicato observou traços de assédio moral na forma como a gestão se relaciona com os colegas do PF de Urandi, no trato dos problemas e na cobrança do trabalho.
Por fim, reclamam de um velho e conhecido problema, que é a circulação de carvão produzido com madeira extraída de maneira ilegal. Como a Sefaz-BA não dispõe dos recursos adequados para que essa fiscalização seja feita, o Estado não consegue combater a sonegação de impostos dessa atividade, nem ajudar a impedir o dano ao meio ambiente causado por este crime.
Com os fatos narrados e as imagens anexas, a palavra está disponível agora à direção da Sefaz.
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