Na manhã da quarta (22/03), a Praça da Piedade, em Salvador, esteve ocupada de forma massiva por trabalhadores e trabalhadoras em Educação que atenderam à convocação da APLB-Sindicato para o Dia Nacional de Luta em Defesa do Piso Salarial do Magistério e pela revogação do Novo Ensino Médio. Nas 17 regionais da APLB distribuídas pela Bahia também foram organizados atos de protesto. Educadores das redes estadual e municipal da capital participaram da mobilização conjunta, que pediu ainda a valorização dos profissionais da Educação e mais investimentos no setor.
A paralisação organizada pela CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – contou com atividades nas capitais e municípios de todo o país. Além do cumprimento da lei do piso, a paralisação pede que o governo federal encaminhe a regulamentação da lei de diretrizes e carreira para valorizar funcionários/as, professores/as e todos que fazem a escola funcionar.
Apesar de garantido em lei desde 2008, o piso ainda não é cumprido por todos os estados e municípios. Além disso, o reajuste anual concedido aos educadores não se estende a todos os trabalhadores devido a medidas que ainda não foram adotadas pela União.
Para o coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, Educação de qualidade se faz com professores (as) e demais funcionários (as) valorizados. “O piso é lei e precisa ser cumprido! A APLB permanece nesta luta. Prefeitos e governadores devem pagar o piso e respeitar o plano de carreira sem achatamentos”, disse. Rui evidenciou a confiança e o apoio dos trabalhadores na luta do sindicato e lembrou de vitórias como a aprovação das propostas apresentadas na última assembleia da rede estadual de ensino.
A vice coordenadora da APLB, Marilene Betros, afirmou que “o piso deve ser pago a todos da carreira, inclusive aposentados, e o Novo Ensino Médio representa um grande retrocesso com prejuízos graves, especialmente aos estudantes de escolas públicas”. Marilene ressaltou ainda que a carreira dos educadores precisa ser reestruturada com foco na valorização e no crescimento profissional”.
Para a diretora administrativa da APLB, Elza melo, a paralisação nacional foi de extrema importância. Ela destacou a participação da Bahia e chamou a atenção para o cumprimento da lei do piso também no âmbito municipal. “Aqui na Bahia fizemos bonito, especialmente em Salvador. Ocupamos a praça e a categoria atendeu ao chamado do sindicato. Estivemos durante toda a manhã dialogando na defesa do piso salarial, pela revogação da nova modalidade de ensino médio, entre outras questões”, disse.
Elza falou ainda sobre a Campanha Salarial de 2023, da rede de ensino de Salvador. “Teremos uma reunião com o secretário de gestão amanhã para tratarmos da pauta. Esperamos do executivo municipal uma proposta que contemple os anseios da classe. Posteriormente realizaremos uma assembleia para apresentar o resultado das negociações. A luta e unidade dos trabalhadores é possível. Viva a APLB”, pontuou Elza.
O professor Roberto Sidnei, diretor da Faculdade de Educação da UFBA (FACED), e o ouvidor-geral da Câmara Municipal de Salvador, vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), também participaram do evento.
“Nossa presença aqui é em favor da escola básica baiana, da formação do trabalho docente, da revogação do Novo Ensino Médio, que não tem qualidade e pela valorização do trabalho docente”, declarou Sidnei.
A manifestação na Praça da Piedade contou com um número expressivo da categoria e diversas atividades artísticas e culturais com apresentação de repentistas, poetas, da banda Tambores de Búzios e manifestações políticas. O público também teve a oferta de serviços como aferição da pressão arterial e testes de glicemia.
Veja as imagens!
SALVADOR (Fotos: Getúlio Borba):
Comentários: