Informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam queda de 27,5% no Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no mês de abril frente a março deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 32,8%.
O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do seu estoque de capital fixo. Apesar dos investimentos terem crescido 0,2% no acumulado em 12 meses, o resultado mostra o impacto econômico da pandemia de Covid-19. O trimestre móvel encerrado em abril fechou com queda de 11%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. Em abril, houve queda de 39,4% nos investimentos em máquinas e equipamentos, na comparação com o mês de março. A produção nacional desses bens teve retração de 43,4%, enquanto a importação recuou 27,6%. A construção civil também apresentou resultado negativo em abril (-19,6%), assim como os outros ativos fixos (-15%).
Os investimentos, expressos na Formação Bruta de Capital Fixo, são o fator que movem o PIB e mantêm com este uma relação de proporção direta. Quanto maior a taxa de crescimento dos investimentos maior será o avanço do PIB e vice-versa, quanto maior a queda dos investimentos maior a desaceleração do PIB, que neste ano pode ter um declínio superior a 7% no Brasil, na maior recessão da história.
Na comparação com abril de 2019, a queda nos investimentos atingiu todos os segmentos: máquinas e equipamentos (-46%), construção civil (-25,6%) e outros ativos fixos (-19,1%).
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