No ofício o sindicato citou a cláusula n° 51 do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT, que prevê o fornecimento de quatro jogos jogos completos de uniforme por ano para o pessoal que labora em atividades de campo e três jogos para os demais, conforme norma interna de fardamento. Citou também a determinação do Ministério Público do Trabalho - MPT, no âmbito de um acordo na Justiça do Trabalho, a partir da qual a Embasa deve exigir e fiscalizar o uso de fardamento padronizado e de identificação funcional dos (das) seus (suas) empregados (as).
Dois dias após o envio da notificação, o sindicato recebeu uma resposta surpreendente da Diretoria de Gestão Corporativa da Embasa - DG, alegando simplesmente desconhecer a existência de problemas com o fornecimento de fardamentos na empresa. É estarrecedor a Embasa alegar não saber algo que todo mundo vê nas ruas e em que há cobranças documentadas.
Existem unidades da Embasa que não recebem fardamentos nas quantidades adequadas desde 2021, como no caso de Candeias, mesmo com cobranças via e-mail dos responsáveis pela fiscalização do cumprimento das determinações do MPT. A mesma situação se repete em Cruz das Almas, onde os (as) trabalhadores (as) têm tomado até fardamento emprestado dos colegas, improvisado remendos ou feito um novo do próprio bolso pra não passar vergonha na rua com a farda em farrapos. Isso sem falar do calçado de segurança, a botina, que também por falta de reposição mais parece pneu careca, passando para a população uma péssima imagem de desleixo da empresa. Essas situações se repetem em inúmeros escritórios locais, enquanto a diretoria da empresa fica inerte alegando não saber de nada.
Por essas e outras a Embasa é vista como uma empresa que não se respeita, não se preocupa com sua imagem pública, mas só com corte de custos pra fazer bonito pro “mercado” e fazer pose de boa gestão.
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