A categoria filiada ao SINTAJ deliberou na manhã desta segunda, 16, pelo encerramento da greve e retorno ao estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada no auditório do SINTAJ e virtual, pelo Zoom. Foram mais de 80 dias de luta em defesa da aprovação do plano de cargos, somadas as mobilizações iniciadas no final de março e a deflagração de greve geral no dia 6 de maio.
A base foi convocada na última sexta-feira, 13, após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) apresentar ao SINTAJ e demais representantes dos(as) servidores(as) do judiciário baiano, uma proposta para o encerramento da greve mediante a impossibilidade da aprovação do PCCV na ALBA (entenda o motivo clicando aqui). As proposições apresentadas pelo Tribunal foram:
- 50% a mais no auxílio-saúde para quem tem mais de 50 anos ou doença grave (Resolução 500 do CNJ) e auxílio-creche
- Plano de compensação das faltas da greve de 2025, sendo acatada a orientação do SINTAJ de também considerar os períodos de mobilização em março e não só a greve iniciada em maio, como proposto pelo TJ;
- Plano de compensação das faltas da greve de 2010;
- Acréscimo na GEE/VPE/VPI de R$ 700,00. O valor será retroativo a janeiro deste ano, se houver a suplementação do governo estadual. Não havendo a suplementação, o retroativo considerado será a maio;
- Instituição de um grupo de trabalho com formação paritária para a criação do novo plano de cargos.
Após a apresentação das propostas e uma breve retrospectiva das negociações do SINTAJ com o Tribunal, a categoria debateu os pontos e incluíram para ser votado em assembleia o encerramento do movimento com o retorno do estado até a apreciação da GEE/VPE/VPI na Assembleia Legislativa. Em resumo, o estado de greve é um sinal de alerta da categoria para o Tribunal, caso não sejam cumpridas as propostas, a greve é novamente instituída.
Ao final da assembleia, o SINTAJ destacou que a suspensão do movimento paredista não significa o fim das reivindicações e nem tampouco da postura combativa do sindicato na defesa dos servidores e servidoras.
“Não conseguimos tudo aquilo que queríamos, mas conseguimos tudo aquilo que era possível neste momento. A categoria entendeu isso e está atenta para que a gente consiga brigar por muito mais através da nossa pauta de reivindicação, que não está encerrada”, destaca o coordenador Geral Antonio Jair, agradecendo aos filiados e filiadas que estiveram junto ao SINTAJ durante a greve.
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