Inicialmente, é preciso deixar claro que o PPR não é salário, e que o sindicato, ao oposto da Embasa, não busca estimular a divisão da categoria. Ao contrário, apoia firmemente os pleitos dos (das) trabalhadores (as), incluindo os(as) analistas de saneamento — quais sejam: o piso profissional, os adicionais de titulação e o recebimento de horas extras. Nesse sentido, é chegada a hora de encontrarmos um caminho pautado no diálogo e no bom senso, e não na radicalização.
PPR
Sem nenhuma explicação plausível, a radicalização da diretoria da Embasa em dificultar o avanço na parcela linear do Programa de Participação nos Resultados (PPR), que beneficia principalmente os trabalhadores e trabalhadoras com menores salários, é injustificável. A única leitura possível é que tal resistência se dá porque impacta diretamente no bolso da alta cúpula, que concentra os maiores salários da empresa. Essa postura, no mínimo insensata e desrespeitosa, contribui para a deterioração do clima organizacional e configura uma prática escandalosa, com potencial de gerar repercussões negativas além dos limites da empresa.
Nesse sentido, a nova gestão tem se mostrado insensível e elitista, promovendo o conflito interno ao adotar uma defesa agressiva dos altos salários da Embasa, enquanto tenta desvalorizar e humilhar os(as) trabalhadores(as) de Nível Médio (NM) e Técnico (NT). Isso ficou evidente na nota publicada na intranet em 04 de abril, na qual a empresa afirmou que a manutenção da estrutura atual de distribuição do PPR visa contemplar as "atribuições assumidas" na estrutura organizacional. Em outras palavras: a direção da Embasa deixa claro que considera as atribuições de Nível Médio (NM) e Técnico (NT) menos relevantes, o que é um flagrante desrespeito ao papel essencial que esses profissionais desempenham no funcionamento da empresa.
Essa atitude não condiz com os princípios de uma empresa pública, que deveria ter como prioridade a valorização de toda a força de trabalho, promovendo um ambiente pautado pelo respeito, pela equidade e pelo estímulo à produtividade. Nos últimos anos, a ampliação progressiva da parcela linear do PPR representou um avanço significativo na valorização dos(as) trabalhadores(as) com menores salários, fortalecendo sua motivação e contribuindo diretamente para os bons resultados alcançados pela Embasa.
É fundamental destacar que, em um momento em que o mundo inteiro discute políticas públicas voltadas à redução das desigualdades salariais e à promoção da justiça social, a postura da Embasa caminha na direção oposta. Ignorar a importância de uma distribuição mais justa dos resultados é desrespeitar o esforço coletivo que sustenta a empresa e comprometer sua missão pública.
O Sindae já solicitou uma nova reunião com a diretoria e espera, desta vez, que a empresa demonstre bom senso, compromisso com a justiça e respeito pela diversidade de sua força de trabalho. Enquanto isso, é essencial que os(as) trabalhadores(as) da Embasa permaneçam firmes, unidos(as), confiantes e mobilizados(as).
Vamos à luta!
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