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Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

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Dia Internacional da Visibilidade Trans celebra vitória da categoria petroleira

A intenção do criador, um ativista norte-americano, foi ter um dia que celebrasse a vida e a cultura das pessoas trans

Dia Internacional da Visibilidade Trans celebra vitória da categoria petroleira
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A data 31 de março marca o Dia Internacional da Visibilidade Trans, criada em 2009 em complemento ao dia de memória das vítimas trans. A intenção do criador, um ativista norte-americano, foi ter um dia que celebrasse a vida e a cultura das pessoas trans. 

Mas o que são pessoas trans? Apesar de 3 milhões de brasileiros se declararem dessa maneira, cerca de 2% da população adulta do país, o termo ainda carrega muitas dúvidas. Neste artigo, vamos estabelecer algumas definições e analisar a situação das pessoas trans no mundo do trabalho e no Sistema Petrobrás, com vitórias recentes advindas da luta sindical.

Sexo e gênero

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sexo é definido a partir de características biológicas e anatômicas do indivíduo, separado entre masculino e feminino na espécie humana. Porém também existe o indivíduo intersexo, quando as características não permitem uma classificação definitiva.

Já o gênero é uma construção social, são as características definidas por papéis sociais e comportamentos adotados por cada pessoa para se reconhecer e ser reconhecida na sociedade. Embora o gênero frequentemente seja associado à divisão dos sexos, isso não é verdade em todas as culturas. Em algumas sociedades antigas, como o povo mahu, do Havaí, havia um terceiro gênero que combinava características masculinas e femininas.

Identidade e expressão de gênero

Como o gênero é uma construção social, ele se configura como um dos aspectos da identidade do indivíduo, ou seja, ele reflete o modo como a pessoa se vê, como ela se percebe na sociedade, construindo também a sua visão de mundo.

Chamamos de expressão de gênero a maneira como uma pessoa se apresenta à sociedade, incluindo o modo de se vestir, a sua linguagem e o seu comportamento.

Transgênero

Ser transgênero significa que a identidade de gênero não corresponde com o sexo designado ao nascer. A pessoa não se reconhece naquele corpo, podendo ser homens e mulheres trans, ou transsexuais, não-binários (sem gênero definido) ou ainda travesti:

  • Transsexual: quando há uma incoerência entre o sexo biológico e a identidade de gênero;
  • Travesti: a identidade travesti tem uma feminilidade própria, sem a intenção de se enquadrar nas características comuns de gênero;
  • Não binário(a): pessoa que não se identifica como homem ou como mulher, não se encaixa no binarismo de gênero;
  • Gênero fluido: pessoa que experimenta diversas identidades de gênero ao longo do tempo, inclusive a não binária.

Simbolismo e luta

Ao se identificar com outro gênero, as pessoas trans costumam criar seu nome social. É um passo importante, visto que é pelo nome que somos reconhecidos no mundo, é por ele que nos apresentamos para outras pessoas e o indivíduo trans não se reconhece com o seu nome de nascimento, que representa outro gênero.

Outra expressão simbólica da luta pela visibilidade transgênero é a bandeira trans, formada por duas faixas azul-claro, duas faixas na cor rosa, e uma faixa branca. As faixas azuis representam o gênero masculino, as rosas o gênero feminino, e a faixa branca representa a intersexualidade, pessoas em transição e o gênero não binário.

Pessoas trans no mundo do trabalho

Apesar de corresponder a 2% da população adulta, estudos revelam que apenas 0,38% dos postos de trabalho no Brasil são ocupados por pessoas trans. Elas passam por muitas discriminações, como não ter seu gênero respeitado, muitas vezes não poder utilizar seu nome social e ainda serem impedidas de utilizar o banheiro relativo ao gênero em que se reconhecem.

Fundada em 2019, a Frente Petroleira LGBTQIA+ reúne petroleiros e petroleiras que lutam por mais direitos para essa população no Sistema Petrobrás. A empresa reconhece oficialmente o nome social desde 2018, e tem sido uma empresa mais inclusiva em relação a essas questões, também devido à luta sindical.

Em janeiro deste ano, petroleiros e petroleiras trans conseguiram uma vitória histórica: em carta à FUP, a Petrobrás anunciou o programa TransCuidar, uma linha de cuidado do plano de saúde da empresa, que garante terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos para trabalhadores(as), dependentes e aposentados(as). Uma referência positiva, que precisa ser expandida para toda a categoria petroleira.

A vitória demonstra que é com luta social que se conquista uma sociedade mais justa e igualitária para todos, todas e todes. Neste dia 31 de março, o Sindipetro Bahia reafirma seu compromisso na defesa da população trans, em especial daqueles e daquelas que trabalham na indústria petroleira. No sindicato, a pauta é tema da pasta de Políticas Específicas, que pretende formar um Coletivo Estadual LGBTQIA+, fortalecendo a Frente Petroleira da FUP e ampliando direitos para esse público.

FONTE/CRÉDITOS: Imprensa Sindipetro Bahia
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