O Sindiquímica Bahia vem recebendo uma série de denúncias em relação ao tratamento recebido pelos operadores na Unipar, com assédio moral, cobrança exaustiva de trabalho e desvio da função dos operadores, que são obrigados a fazer a limpeza de tanques e varrição das áreas.
Os trabalhadores são constantemente chamados de preguiçosos e burros pela gerência, que faz questão de chamar atenção em público com xingamentos, o que caracteriza a prática de assédio.
Essas condutas, de humilhação e abuso de poder, trazem danos à dignidade do trabalhador e à saúde física e psíquica, além de degradar o ambiente de trabalho.
Faltam condições mínimas de segurança para os trabalhadores
Os trabalhadores estão apreensivos pois há uma dúvida se a unidade vai ser colocada para rodar ainda esse mês, sendo que eles ainda não receberam máscaras de segurança e ninguém viu os cilindros de ar mandado nos pontos (as caixas já estão instaladas
As atividades destinadas aos operadores de processos fora da função dos mesmos vão desde varrição do pátio de sal com uso de carros de mão, pá e vassouras; limpeza interna de tanques de armazenamento com uso de rodos, pano de chão, baldes; colocação de resinas no interior de colunas catiônicas com uso de cordas e roldanas puxadas à mão livre pelos próprios operadores, dentre outros afazeres não relacionados ao processo produtivo.
Os trabalhadores denunciam ainda que até mesmo o DDS (Diálogo Diário de Segurança) deixa de ser realizado para otimizar a ida dos funcionários para suas áreas de trabalho.
Clima pesado
O clima de estresse e cobrança está pesado na fábrica, levando operadores ao choro no ambiente de trabalho por conta do descontentamento com o tratamento dado pela gestão.
O absurdo chega ao ponto de proibirem a equipe de turno de se servir do café da manhã. Com a retirada do bebedouro da área industrial, quando precisam beber água, os operadores são obrigados a se deslocar para área administrativa. Retiraram também cadeiras da sala de operações, deixando apenas duas e alegando que não é permitido ficar em momento algum os três operadores da equipe de turno ao mesmo tempo na sala, mesmo que esse seja o ambiente para a passagem de turno.
O modelo de gestão da Unipar não é condizente com o que é apresentado pela empresa nas mídias sociais.
O Sindicato exige uma mudança imediata de postura por parte da empresa e um tratamento respeitoso e digno com os trabalhadores. Não vamos aceitar assédio, nem desvio de função. Iremos tomar as medidas cabíveis para defender os trabalhadores.
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