A FUP apresentou nesta terça-feira, 23, para o Sistema Petrobrás as reivindicações relacionadas ao SMS, um dos temas mais estruturantes da pauta da categoria, ressaltando que as condições de saúde e segurança são alicerces de todo o Acordo Coletivo de Trabalho. Essa foi a sétima reunião temática em que as representações sindicais cobraram um olhar integral dos gestores para toda a pauta de reivindicações, visando à construção de um Acordo que resgate os direitos perdidos nos governos passados, amplie as conquistas atuais e avance nas cláusulas sociais e econômicas para garantir uma distribuição justa da riqueza gerada.
A FUP destacou que, apesar da luta coletiva ter assegurado que o capítulo de SMS seja um dos mais robustos do ACT, o descumprimento sistemático por parte dos gestores fragiliza essas conquistas e coloca em risco os trabalhadores. Como a Agência Nacional de Petróleo tem apontado em seus relatórios, a Petrobrás está na iminência da ocorrência de um acidente de grandes proporções, dada a gravidade do quadro de não conformidades críticas, sobretudo nas plataformas. As reduções de investimentos em SMS desde 2016 refletem em indicadores preocupantes, como o aumento das ocorrências de princípio de incêndio, os constantes acidentes e incidentes e, principalmente, a perda da vida de diversos trabalhadores.
Além de reforçar reivindicações voltadas para a prevenção da saúde integral dos petroleiros e das petroleiras, próprios e prestadores de serviço, e a garantia de um ambiente de trabalho que seja seguro para todos, a FUP também apresentou propostas relacionadas ao combate à violência no trabalho e contra a discriminações, cobrando mecanismos de proteção da vida e de inclusão das pessoas mais vulneráveis. Outro ponto bastante enfatizado foi a necessidade de melhorias do programa de saúde mental do Sistema Petrobrás, com foco na prevenção, por meio do mapeamento e da mitigação dos riscos biopsicossociais.
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