A matéria “Estudo mostra que pobreza mantém-se em nível alto na Bahia”, publicada anteriormente, desenha um cenário de fome nas camadas mais pobres da população na Bahia. O levantamento feito pelo economista Juliano Gooularti, sob encomenda do Sindsefaz, mostrou que as famílias na menor faixa de renda sobrevive com apenas R$ 139,00 por pessoa ao mês, R$ 4,60 por dia (veja tabela).
Como se nota, a renda mensal de uma pessoa no grupo dos 10% mais pobres, R$ 137,00, comprava 1 botijão de gás, 2 kg de feijão e 1 kg de açúcar, ou seja, insuficiente para as despesas básicas do dia-a-dia. Enquanto isso, no grupo dos 1% mais ricos, com renda per capita de R$ 11.752,00, o poder de compra ultrapassava o equivalente a 20 cestas básicas.
Adquirir uma cesta básica completa, em dezembro de 2023, era uma realidade possível apenas para a pessoa enquadrada no quarto decil (30,1% a 40% mais pobres), com renda na casa dos R$ 548,00. Esta realidade mostra que pelo menos 30% da população baiana flertava com a fome no seu cotidiano naquele período.
O estudo que vem sendo produzido pelo Sindsefaz traz outros números importantes, que analisaremos mais detidamente em outras matérias.
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