Em audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta segunda-feira (2), promovida pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), os e as presentes enfatizaram mais uma vez a necessidade da RLAM e da Fafen retornarem para o controle da Petrobrás. “Não podemos entregar as nossas riquezas, nós temos um compromisso com a sociedade baiana. É importante que esta casa tenha compromisso com as empresas estatais, que pertencem ao povo baiano, ao povo brasileiro”, defendeu a coordenadora-geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento.
Para o deputado estadual Radiovaldo Costa (PT), essa retomada do controle pela Petrobrás é mais do que uma decisão econômica, é uma decisão política de interesse do Estado. Para ele, “é preciso sensibilidade política para defender os interesses nacionais, da classe trabalhadora, dos mais pobres e os interesses que levam ao desenvolvimento nacional e regional”. Neste contexto, o deputado lembrou que o fechamento da Fafen e a venda da RLAM – nos governos Temer e Bolsonaro – também foram uma decisão política, “mas daqueles que não têm compromisso com esse país”, criticou.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou a necessidade da preservação dos empregos dessas unidades, além da sua importância na arrecadação fiscal, gerando mais riquezas para o povo baiano. “É muito triste saber que hoje temos uma perda de ICMS de cerca de R$ 500 milhões por mês por conta do Fator de Utilização da refinaria que está em torno de 65% da sua capacidade, enquanto a RLAM, na época da Petrobrás, operava com 95% a 97% da sua capacidade”, lamentou.
A audiência teve a participação de muitos petroleiros e petroleiras da ativa e aposentados, dirigentes do Siticcan, representantes de movimentos sociais e demais entidades da sociedade civil organizada. Além dos já citados, compuseram a mesa José Pinheiro, do Sindiquímica; Alfredo Santos Junior, da CUT-BA; Anisvaldo Daltro, representando a Petrobrás; Marcelo Lyra, da Acelen; Alberto Fiamenghi, da Unigel; e Denise Mach, da BAHIAINVESTE.
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