Em resposta às cobranças da FUP e da FNP por mudanças estruturais nas condições de saúde e segurança dos prestadores de serviço do Sistema Petrobrás, a empresa, finalmente, instalou o Grupo de Trabalho que havia sido acordado com as entidades sindicais em outubro, após a sequência de acidentes fatais envolvendo esses trabalhadores. A primeira reunião do GT ocorreu nesta quarta-feira, 04, uma semana após um outro acidente, desta vez no Terminal da Transpetro em Angra dos Reis, que resultou na morte de mais dois petroleiros prestadores de serviço e deixou um ferido.
Só nos últimos dois meses, foram seis óbitos de trabalhadores, o que escancara a insegurança crônica que atinge a categoria como um todo e de forma ainda mais cruel os prestadores de serviço, que estão expostos a condições ainda mais precárias. Apesar dessa tragédia anunciada, a Petrobrás chegou a anunciar uma solenidade para comemorar os resultados de SMS, o que foi repudiado veementemente pela FUP e FNP, que cobraram a suspensão do evento, que é um desrespeito à memória das vítimas e ao sofrimento das famílias.
As federações também questionaram a ausência das subsidiárias na primeira reunião do GT, lembrando que três dos seis óbitos foram em instalações da Transpetro. Além de reforçarem as reivindicações de SMS que a categoria petroleira aprovou nas assembleias, as entidades sindicais enfatizaram que a expectativa em relação ao GT é que sejam discutidas proposições que fortaleçam a área de SMS do Sistema Petrobrás como um todo, garantindo que os cargos de liderança sejam ocupados por profissionais da área e que a gestão tenha uma autonomia maior em relação à produção.
Outro ponto bastante enfatizado pelas federações foi a urgência de medidas que melhorem o modelo de contratação das prestadoras de serviço de forma a garantir efetivamente condições seguras de trabalho. O GT é composto por representantes da FUP e da FNP e do corpo técnico do SMS do Sistema Petrobrás. O calendário prevê inicialmente reuniões até março de 2025.
Comentários: