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Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

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Anapetro pede ao Cade extinção de acordo com a Petrobrás para venda de refinarias

Termo de Compromisso foi firmado em 2019 pela antiga gestão da estatal, com objetivo de privatizar oito refinarias

Anapetro pede ao Cade extinção de acordo com a Petrobrás para venda de refinarias
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Na quinta-feira, 02, a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) protocolou um pedido no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) cobrando a extinção do Termo de Compromisso de Cessação de Prática (TCC), que a Petrobrás firmou no governo anterior para vender oito refinarias.

O pedido protocolado pela Anapetro baseia-se na inviabilidade de cumprir os objetivos estabelecidos no compromisso. O requerimento também destaca que a extinção do termo possibilitaria a restauração do fornecimento de combustíveis a preços compatíveis com as necessidades dos mercados regionais.

A entidade afirma que as vendas que foram concluídas não se provaram suficientes para induzir a competição no mercado e levaram à formação de monopólios regionais privados.

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“Demonstrou-se que o TCC não produziu os resultados previstos de promoção da concorrência e a consequente queda dos preços dos derivados de petróleo para os consumidores brasileiros”, diz o advogado Angelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa a Anapetro no processo.

A Petrobrás iniciou em novembro de 2023 uma renegociação do acordo com o Cade, tendo em vista a oposição do governo Lula aos desinvestimentos. O TCC foi assinado em 2019 e previa a venda das refinarias do Norte, Nordeste, Sul e Minas Gerais, com o objetivo de abrir o mercado no Brasil.

A empresa chegou a concluir a venda da Rlam, na Bahia, para a Mubadala; da Reman, no Amazonas, para o grupo Atem, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, para a F&M Resources. A Petrobras também assinou um acordo de venda da Lubnor no Ceará, para a Grepar, mas o contrato foi rescindido pela estatal, que afirmou que a compradora não cumpriu com as condições precedentes.

Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, não fazia parte do acordo, mas também foi vendida, para a 3R Petroleum. A companhia não conseguiu concluir os outros desinvestimentos.

Com a mudança na administração da Petrobrás no início do terceiro governo Lula, as vendas foram interrompidas e a empresa solicitou a renegociação do acordo com o Cade. No momento, a estatal negocia com a Mubadala uma recompra do controle da refinaria baiana.

O pedido protocolado pela Anapetro no Cade reforça que o TCC demonstrou que a simples transferência da titularidade das refinarias não criou um ambiente de competição entre a Petrobrás e as eventuais empresas privadas que assumiram as operações privatizadas, como alienou qualquer possibilidade de controle sobre o preço dos derivados de petróleo nas regiões por elas atendidas.

“Consoante a isso, o Tribunal de Contas da União divulgou sumário executivo sobre o novo mercado de refino, em alusão às privatizações aqui discutidas. Em síntese, o TCU foi categórico ao afirmar que o modelo adotado poderia elevar os preços dos combustíveis através da formação de monopólios regionais”, destaca a Advocacia Garcez no requerimento feito ao Cade.

“Assim, dado o sobrestamento e a inviabilidade da manutenção fática do cumprimento do TCC entre o CADE e a Petrobras, arguimos que, após a oportuna análise e manifestação da Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade, e, dentro da competência garantida à Presidência deste Conselho, que o referido TCC deve ser extinto, possibilitando uma eventual recomposição do fornecimento de combustíveis e derivados de petróleo a preços que sejam compatíveis com a necessidade dos mercados regionais supracitados.”‘.

FONTE/CRÉDITOS: Com informações da Advocacia Garcez e da epbr
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